quarta-feira, 15 de agosto de 2012

UMA DIRETA PARA AS INDIRETAS.



 A impermanência é, para mim, a característica principal dessa vida terrestre. E eu, como simplista e passageira, procuro a serenidade diante das coisas. Pois, tenho a certeza de que amanhã tudo pode mudar. Mas acredito também que esta vida me deu a oportunidade de resgatar, reviver e continuar um amor pleno. E a certeza absoluta de ser AMOR. Por isso, vou deixar aqui um recadinho prá quem gosta de usar 'mensagens de velhos sábios' prá tentar entender a história de vida dos outros. Sim, uma história. Uma vida, e não momentos.

A vida é feita de passado, presente e futuro ; assim como a noite é para o dia, o agora e o depois, transitando todos os tempos verbais.
Eu não gosto muito de ser taxativa nas coisas que escrevo. Por isso, começo dizendo nesse texto, claramente, que sou um ser de mudanças... aprendiz em evolução; imperfeita, indo-amável . Mas, já que trago aqui a intenção de resposta, quero dizer, e pedir, que quando se der ao trabalho de descrever sobre vidas alheias - em seu achismo, dando a impressão de que a conhece perfeitamente - no mínimo, tenha o cuidado ao 'se' descrever. Como por exemplo: (Essa história mim fez lembrar um certo alguém[...]blá blá blá). Mim quem?? Jane ou tarzan?? :} Rá!

Seria bom que entendêssemos onde algumas palavras, bonitas, também cabem.
Outro dia postei um texto - sob o meu ponto de vista - dizendo que algumas palavras são melhores escritas que sentidas, como é o caso da palavra SAUDADE. Bem como a palavra FELICIDADE, que só alcança o seu nirvana quando sentida. Escrevê-la é insuficiente perto do sentimento. E, prá resumir, uso da palavra LIBERDADE tão citada, que traz a mistura entre sentir e descrever. É como saborear um passeio de bicicleta, só que sem precisar apostar corrida com ninguém. Entendeu, colega?

Ok! Como é cada um com seu cada qual e suas verdades, vou me ater a uma mensagem também." - Certa vez, ouvi de um sábio homem que um touro jamais chifrará um homem se o homem não o convidar a chifrá-lo. E, na verdade, aquele homem deve responder mais pelo seu sangue do que o boi. O assassinado afia o punhal do assassino, e ambos desferem o golpe fatal. O roubado dirige os movimentos do ladrão, e ambos cometem o roubo. Sim, o homem convida as suas próprias calamidades e depois protesta contra os hóspedes importunos, por se haver esquecido quando e como escreveu e enviou os convites. O Tempo e suas histórias, no entanto, jamais esquece; e o Tempo, a tempo e horas, entrega o convite no endereço certo; e o Tempo conduz cada convidado à casa do anfitrião; à vida. "

Já dizia o ditado: "o que é do gosto é regalo da vida". Ou ainda, "quando um não quer, dois não brigam." #ficaadica!

Não há como viver o presente e não estar preso, de certa forma, ao passado, quando o mesmo já foi o futuro ou é - do verbo ser e não estar- o presente amor. E, se é amor, sobrevive e se alimenta justamente deste desinteresse interessado, "estamos" juntos até quando quisermos estar. Ele não me pertence e eu não sou dele, estou com ele. E o lado bom de ouvir/ler esses velhos sábios, é que em suas mensagens nos ensinam, que tão logo tantas decepções, devemos aprender que somos de nós mesmos e estamos com alguém por vontade de ficar junto, por interesses em comum, porque deve ser tanto quanto além do físico. E eu, sortuda por viver esse 'time' e bem-querer, reciprocamente vou descobrindo que o amor, definitivamente, não é definido por regras e valores, e sim pelo atendimento ao acontecer.

E é isso, no salto de minhas convicções, tenho por máxima que a vida é feita desse sobe e desce constante. E esse é o meu direito de resposta. Não possuo correntes e nem armas. Portanto, se não chega até você a luz, não significa quê quem não faz brilhar sua estrela, esteja nas trevas. Não dê asas a sua imaginação...

Se hoje há alguma dificuldade e desespero prá você, isso vai passar!!
Se amanhã, tudo for perfeito e feliz. - Isso também vai passar!!
Algumas coisas não devem ser entendidas, mas com certeza, devem ser aceitas.

Seja feliz, com o amor que a vida lhe der. Porque eu sei que não te falta amor. Falta é ser amada...

 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

366 dias de Efeito Espelho.


Hoje o blog Efeito Espelho completa 1 ano.
Poderia escrever hoje sobre o tema 'aniversário' e talicoisa, mas a minha homenagem será prá vocês, leitorinhos, que são uma das principais razões deste blog estar ativo. A outra razão é que já não sei mais calar os dedos; e minha alma prolixa não vive mais sem palavras e sem este espaço.

Neste 1 ano escrevi sobre amor, desejo, solidão, amizade, distância, o ser e sua infinidade de sentimentos. E descobri, nesse tempo, que algumas palavras são melhores escritas que sentidas. SAUDADE, por exemplo. Já outras, por mais que se descreva, nunca é suficiente prá demonstrar o ápice do que é senti-las. FELICIDADE, por exemplo.

Descobri que com as palavras podemos ter o nada ou o mundo inteiro. Mistério.
Especialmente anônima, aqui, sou todas as palavras juntas, todos os pedacinhos de outras palavras soltas por aí; todos os pensamentos, sem corpo, sem nome, sem limites, transitando a transformação entre ser e estar, com a sensibilidade de fazer toda palavra especial.

Bastaria qualquer palavra? Não. Definitivamente não! Se a mesma não vier carregada no colo, com a emoção de um peito cheio, disposta a gestos que dão valor ao que expressamos. Pois as palavras falam até quando emudecidas no olhar, ou na folha em branco horas a fio, enquanto nos questionam os porquês, ou o quê; até quando se dissipam esquecidas numa folha amassada, jogada no balde de lixo, outras mentalmente deletadas. (Even so...)

Nas palavras, o tempo passa muito mais depressa. O mundo chama, seduz. E não seguem todas as regras, nem sempre são julgadas, nem nascem e nem morrem. Vivem. Decepcionam. Encantam. Mutação constante, aprendizado eterno. Algumas vezes tão repetidas. Mesmo assim repetimos, construindo, destruindo, redescobrindo vidas inteiras. Repetindo, repetindo, palavreando tempo falador, tempo silencioso, modo atemporal. Mas, o que se há de fazer? Os sentimentos são, quase sempre, forte demais prá serem totalmente controlados, mesmo quando sabemos que vamos a mil por hora, sem os pés no chão. Ah, sim. Muitas vezes, até na contra-mão. E daí?

Pois há 1 ano eu voo feito avião. As palavras são meu co-piloto e vocês leitorinhos/blogueiros são a minha tripulação. E, é sempre um prazer enorme embarcar nessa viagem, com vocês.

Já dissertei sobre dor no peito, nó na garganta, borboletas no estômago, 'mal de Parkinson' causada pela pela paixão fumegante ou pelo medo quando caminham em sua direção. Já escrevi sobre o aperto na alma por um abraço ou a falta dele. A ferrugem do orgulho que corrói. O frio da indiferença que congela o peito. O calor do carinho que se encaixa na vontade e vai crescendo até tomar você por inteiro.

E não é culpa minha querer que entendam. É que as pessoas sofrem iguais. Não é exclusividade minha. Embora atendência é sempre achar nossa dor única e maior.
Bem queria que fosse por minha causa, mas as pessoas ficam - no verbo estar e não ser - felizes. O mundo é uma roda gigante, com direito a limão e algodão doce.

É que as pessoas se amam. O mundo não é perfeito. Relacionamentos são complexos e a única certeza é que, neste exato momento, em algum lugar do mundo, alguém sentiu ou sentirá o mesmo que eu. Eis que é por isso que compartilho com vocês este blog. E vocês codividem comigo nos comentários, incentivos e até críticas - que são sempre pro meu melhor - gratidão!

366 dias, ano bissexto. 48 posts - menos do que eu queria - mas todos estão no centro, emoldurados por toda a beleza dos personagens e fatos narrados, neste quadro virtual. Todos os textos são, para mim, como ilhas de tecnologia e antiguidades: O ato de expressar o sentimento. E, para cada um que aqui se encontra comigo, penso que, também, acham uma forma peculiar de se encontrarem. Talvez seja loucura minha, presunção pensar assim. Nãa importa, não quero mesmo ninguém que não esteja louco para ficar aqui e partilhar dessa inundação de letras sentidas, na essência da palavra.

Assim, vou escrevendo há 1 ano. Torcendo para o próximo pedacinho de você vir logo para cá, preencher os espaços nas palavras que já são seus. Decolar mais uma vez, e mais outra e outra... Porque sempre é diferente do que eu esperava, do que um dia pode me fazer feliz, como se fosse a primeira vez.

Além do que se vê, se ouve e se lê. Quando escrevo, sempre tento algumas observações, confusas confusões. Contos ou delírios. Conversas ou vícios. Desabafos, de propósito desassistido entre tantas eu. Um universo paralelo, movimento, rascunhos, bobagens e afins. Mas, com a alma livre, de amor atrevido, seguida de três pontinhos...
Uma menina com nome de boneca e feita de lápis e papel. Livro sem final.
Grata por me permitirem ser uma porta conectada a várias outras portas.

[Gratidão por ser-bem-estar com vocês e que assim seja por muitos anos, amigos leitores e blogueiros. Parabéns!]