sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Novo Tempo.


Sinto meu peito rasgando um novo tempo.
Tempo de criar coragem.
Minhas asas estão maior que o ninho.
Voarei para o desconhecido, e a vida me guiará, não mais os seus olhos.

Sinto meu peito rasgando um novo tempo.
Sinto a tristeza da partida, mas não olharei para trás.
Conhecerei mais do que julguei ser o meu destino.
O horizonte é tudo que está a minha frente, é tudo que eu preciso ver...

Sinto meu peito rasgando um novo tempo.
Te deixo em sua metade, vou buscar pelo inteiro.
Não tenho mais medo das alturas;
A tua imparcialidade é que me dá vertigens.

Sinto meu peito rasgando um novo tempo.
Vou arriscar a felicidade sem você.
É melhor do que ficar e dividir você com o nada;
Com o vazio que abraça nossos corações.

Nosssa conversas não são mais (en)cantos.
São blá blá blás, que enfadonham nossas almas.
Prefiro voo certo pro abismo, a me convencer que esse marasmo é a delícia de estarmos juntos.
Já tive medo de arriscar, de voar, e me perder. E assim, te perdi prá inércia do tempo.

Sinto meu peito rasgando um novo tempo.
Levarei nas asas a esperança.
E que haja mesmo um novo tempo.
Uma temporada para encontrar de volta, o sentido de amar...



By, Mila Noia - 30/10/2012.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Noite de lua cheia...
É como sair de uma longa submersão, tal a lua que emerge, por fim, para seu estado completo.
O céu se cala na imensidão negra e dá lugar as minhas lembranças..
Sonhar, imaginar, querer, é diferente de fingir. Ouço sua voz, vejo sua luz.
Quase sem ar, meu coração grita silenciosamente querendo se libertar dos tentáculos da saudade. E, de repente, você está aqui. Não são lágrimas em meus olhos, são os reflexos de você transbordando em mim.
Como uma estrela sorridente, consegue me despir apenas com um olhar, e não há razão nenhuma que possa me salvar dessa necessidade. Não tenha medo de me machucar, também tenho meus espinhos, como qualquer rosa. Então, essa noite, me destrua. Só preciso sentir seu amor novamente.
Não me peça controle, quando meus sentidos são guiados por seus desejos. Foram seus beijos molhados que encheram minha alma. Nunca foi tão bom! Então, me beije uma, duas vezes e me possua...
Quero prá sempre o jeito como rouba minha risada, enquanto vejo o mundo por outro ângulo, no calor do seus braços. Mais que anjos cotidianos, somos o erro permitido, porque descobrimos o caminho das estrelas...
Não posso deixá-lo ir com a noite, mas o sol insiste em brilhar.
Agora, há um muro branco, não vejo mais você através dele.
Rezar não muda nada, ou você estaria aqui entre a minha bagunça e o meu lençol.
Nem o Papa ou o Rock'in roll podem curar meu coração que fica partido.
Se você me quer, por favor, me mostre? Só o seu amor pode me curar novamente.
Volte para minha direção, venda seus pecados, lucre com eles e me dê apenas suas mãos e o seu amor.
Não diga que os tempos mudaram. Não diga que só me restaram as lembranças das noites de lua cheia.
Porque não podemos voltar os ponteiros do relógio?

segunda-feira, 12 de novembro de 2012



  1. Beijar a sua boca, debaixo da chuva;
    Correr com você na manhã ensolarada;
    Pular com você e sentir a brisa tocar a nossa face;
    Neste jardim do Éden, onde mora o amor é onde nós vivemos;

    No seu sorriso a esperança, no brilho do seu olhar a paixão;
    No seu sorriso a esperança, no brilho do seu olhar a paixão;

    Neste tempo em que o que mais desejo é um beijo seu;
    Tanto o que fazer, tudo quanto se esquece nesse jardim do amor;
    Transportar num abraço a necessidade sublinhada na natureza de sua vida;
    E os lugares se tornando apenas eco entre as minhas juras e o cantar dos pássaros;
    Selando o fim da minha solidão, trazendo nas flores o cheiro da felicidade.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Meu coração!



Que por você eu possa ser capaz de voltar para a Existência do Absoluto; que eu possa iluminar a minha consciência amorosa; que eu possa me libertar do jogo do ‘eu’ inferior, do jogo de maya, do jogo feminista e realizar a verdade de quem Sou, sem me preocupar com o que pensam de mim, ou com as possibilidades que tentam me destruir, mas que não hei de permitir, porque meu amor me faz forte. Serei ainda mais feliz, porque entendo cada dia mais aquele que bate em meu peito. E por cada batida, farei valer cada segundo de amor, de vida. Sem me deixar envenenar por míudezas passageiras.
Hoje eu vou dar o braço a torcer. Sem ais nem uis. Mas com um sorriso gigante estampado na cara.
É assim. Às vezes, a vida nos prega peças inesperadas. E o que é melhor: nos mostra um jeito novo de caminhar. (Ou um caminho diferente a seguir). A verdade, pouca gente sabe. E o que eu sei é que, pouca coisa importa tanto quanto as coisas simples de uma vida. Mas, quer saber? Tudo com o que eu me importo, ME IMPORTA MUITO. Comidinha feita com carinho. Roupa com cheiro de amor. Beijinho em joelho ralado, ser surpreendida no meio da noite com pezinhos medrosos e mãozinhas trêmulas depois de um pesadelo te alcançando debaixo do cobertor e se sentir mãe-heroína. Encontro marcado. O abraço grudado. O beijo esperado. Aquele brilho no olhar que é um pouco de céu. Correr e voar sem sair do chão. O desejo insaciável me suga, me leva, me atrai, se funde com tudo o que sou e me consome. Toda. Por inteiro. Sorte minha me doar tanto - e com tal intensidade - e ainda sair viva dessa vida.
Nem tudo é um mar de rosas. Temos dias difíceis, relógios biológicos diferentes, ritmos que às vezes se chocam. Eu, com minha tpm, meus livros e meu jeito-gato. Ele com seu ciúme camuflado, seus mil programas e seu jeito de abraçar o mundo. Fico pensando sozinha: quem mais nesse mundo faria o que ele faz por mim? Porque ele me escuta, me aguenta, me mima, me inspira, me faz sentir VIVA, a mulher mais linda e especial do mundo. E eu acredito nele, acredito em mim, no amor que ele acredita mesmo quando ele me faz agir como se o amor fosse a coisa mais egoísta que existe.
A gente ama o outro por tudo aquilo o que ele nos faz sentir. (E ser). É, pessoal, por ele, esvaziei minhas gavetas, meu armário. Fiz as malas, peguei avião. Prá reciclar energias. Ocupar o espaço em branco. E ficar, só prá me esvaziar. Ou ir, sem querer partir. Não importa se por ele vou me casar em Pipeline daqui cem anos, se vamos nos matar daqui a um ano ou se o mundo vai acabar amanhã. Nada interessa! Sorte nossa que entendemos o encanto de amar e se doar como ponto alto da vida.
Obrigada por me ensinar a SER. Obrigada por vibrar comigo. Obrigada por me fazer seguir em frente. Por viver em mim e por mim. Obrigada por me ensinar a dar o devido valor a todas as pequeninices da vida. A forma como você lida com elas fazem realmente toda diferença. EU TE AMO MEU CORAÇÃO!
"Torna-te quem tu és", diz o filóisofo. EU SOU NÓS...


 
 
 
 

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Te vivo, pai!

Procurei pela palavra que expressasse simplicidade com maravilhoso e alguma coisa mais com não sei ao certo o quê, mas que eu sinto e a que mais lateja é a 'SAUDADE'...
Enfim, se estivessemos cara a cara, lhe passaria o braço direito pelos seus ombros e lhe chamaria para uma caminhada longa, sem rumo e sem hora para voltar, de tanto que me faz falta sua companhia. Falta do tempo em que meus pés aprendia a caminhar ao lado de seus passos e o caminho juntos, parecia eterno. Hoje, sigo apenas o plano B...
Mas não importa, se plano A, B, C ou se como um quadrante a medir distâncias em relação ao horizonte, eu quero é mais de cada coisa que sua existência me ofereceu! Ainda que só nas lembranças suas palavras ecoam. Mas sem doer, é só prá realçar tua essência, que desta maneira se revela dentro e fora de mim. E que te faz continuar, na risada por nada e na lágrima que cai por gratidão da cumplicidade dividida. Assim, vou vivendo, sem perder o direito de sentir. Vou seguindo, sem perder a esperança nas promessas de Deus. E dessa partida, a espera alarga meu peito.

Fez seu voo, porque suas asas se tornaram maior que seu ninho.
Gratidão, pelos 29 anos debaixo dessas asas, que de longe ainda sinto protetora.

Francisco Noia.
*07/11/1930
†18/09/2011

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

UMA DIRETA PARA AS INDIRETAS.



 A impermanência é, para mim, a característica principal dessa vida terrestre. E eu, como simplista e passageira, procuro a serenidade diante das coisas. Pois, tenho a certeza de que amanhã tudo pode mudar. Mas acredito também que esta vida me deu a oportunidade de resgatar, reviver e continuar um amor pleno. E a certeza absoluta de ser AMOR. Por isso, vou deixar aqui um recadinho prá quem gosta de usar 'mensagens de velhos sábios' prá tentar entender a história de vida dos outros. Sim, uma história. Uma vida, e não momentos.

A vida é feita de passado, presente e futuro ; assim como a noite é para o dia, o agora e o depois, transitando todos os tempos verbais.
Eu não gosto muito de ser taxativa nas coisas que escrevo. Por isso, começo dizendo nesse texto, claramente, que sou um ser de mudanças... aprendiz em evolução; imperfeita, indo-amável . Mas, já que trago aqui a intenção de resposta, quero dizer, e pedir, que quando se der ao trabalho de descrever sobre vidas alheias - em seu achismo, dando a impressão de que a conhece perfeitamente - no mínimo, tenha o cuidado ao 'se' descrever. Como por exemplo: (Essa história mim fez lembrar um certo alguém[...]blá blá blá). Mim quem?? Jane ou tarzan?? :} Rá!

Seria bom que entendêssemos onde algumas palavras, bonitas, também cabem.
Outro dia postei um texto - sob o meu ponto de vista - dizendo que algumas palavras são melhores escritas que sentidas, como é o caso da palavra SAUDADE. Bem como a palavra FELICIDADE, que só alcança o seu nirvana quando sentida. Escrevê-la é insuficiente perto do sentimento. E, prá resumir, uso da palavra LIBERDADE tão citada, que traz a mistura entre sentir e descrever. É como saborear um passeio de bicicleta, só que sem precisar apostar corrida com ninguém. Entendeu, colega?

Ok! Como é cada um com seu cada qual e suas verdades, vou me ater a uma mensagem também." - Certa vez, ouvi de um sábio homem que um touro jamais chifrará um homem se o homem não o convidar a chifrá-lo. E, na verdade, aquele homem deve responder mais pelo seu sangue do que o boi. O assassinado afia o punhal do assassino, e ambos desferem o golpe fatal. O roubado dirige os movimentos do ladrão, e ambos cometem o roubo. Sim, o homem convida as suas próprias calamidades e depois protesta contra os hóspedes importunos, por se haver esquecido quando e como escreveu e enviou os convites. O Tempo e suas histórias, no entanto, jamais esquece; e o Tempo, a tempo e horas, entrega o convite no endereço certo; e o Tempo conduz cada convidado à casa do anfitrião; à vida. "

Já dizia o ditado: "o que é do gosto é regalo da vida". Ou ainda, "quando um não quer, dois não brigam." #ficaadica!

Não há como viver o presente e não estar preso, de certa forma, ao passado, quando o mesmo já foi o futuro ou é - do verbo ser e não estar- o presente amor. E, se é amor, sobrevive e se alimenta justamente deste desinteresse interessado, "estamos" juntos até quando quisermos estar. Ele não me pertence e eu não sou dele, estou com ele. E o lado bom de ouvir/ler esses velhos sábios, é que em suas mensagens nos ensinam, que tão logo tantas decepções, devemos aprender que somos de nós mesmos e estamos com alguém por vontade de ficar junto, por interesses em comum, porque deve ser tanto quanto além do físico. E eu, sortuda por viver esse 'time' e bem-querer, reciprocamente vou descobrindo que o amor, definitivamente, não é definido por regras e valores, e sim pelo atendimento ao acontecer.

E é isso, no salto de minhas convicções, tenho por máxima que a vida é feita desse sobe e desce constante. E esse é o meu direito de resposta. Não possuo correntes e nem armas. Portanto, se não chega até você a luz, não significa quê quem não faz brilhar sua estrela, esteja nas trevas. Não dê asas a sua imaginação...

Se hoje há alguma dificuldade e desespero prá você, isso vai passar!!
Se amanhã, tudo for perfeito e feliz. - Isso também vai passar!!
Algumas coisas não devem ser entendidas, mas com certeza, devem ser aceitas.

Seja feliz, com o amor que a vida lhe der. Porque eu sei que não te falta amor. Falta é ser amada...

 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

366 dias de Efeito Espelho.


Hoje o blog Efeito Espelho completa 1 ano.
Poderia escrever hoje sobre o tema 'aniversário' e talicoisa, mas a minha homenagem será prá vocês, leitorinhos, que são uma das principais razões deste blog estar ativo. A outra razão é que já não sei mais calar os dedos; e minha alma prolixa não vive mais sem palavras e sem este espaço.

Neste 1 ano escrevi sobre amor, desejo, solidão, amizade, distância, o ser e sua infinidade de sentimentos. E descobri, nesse tempo, que algumas palavras são melhores escritas que sentidas. SAUDADE, por exemplo. Já outras, por mais que se descreva, nunca é suficiente prá demonstrar o ápice do que é senti-las. FELICIDADE, por exemplo.

Descobri que com as palavras podemos ter o nada ou o mundo inteiro. Mistério.
Especialmente anônima, aqui, sou todas as palavras juntas, todos os pedacinhos de outras palavras soltas por aí; todos os pensamentos, sem corpo, sem nome, sem limites, transitando a transformação entre ser e estar, com a sensibilidade de fazer toda palavra especial.

Bastaria qualquer palavra? Não. Definitivamente não! Se a mesma não vier carregada no colo, com a emoção de um peito cheio, disposta a gestos que dão valor ao que expressamos. Pois as palavras falam até quando emudecidas no olhar, ou na folha em branco horas a fio, enquanto nos questionam os porquês, ou o quê; até quando se dissipam esquecidas numa folha amassada, jogada no balde de lixo, outras mentalmente deletadas. (Even so...)

Nas palavras, o tempo passa muito mais depressa. O mundo chama, seduz. E não seguem todas as regras, nem sempre são julgadas, nem nascem e nem morrem. Vivem. Decepcionam. Encantam. Mutação constante, aprendizado eterno. Algumas vezes tão repetidas. Mesmo assim repetimos, construindo, destruindo, redescobrindo vidas inteiras. Repetindo, repetindo, palavreando tempo falador, tempo silencioso, modo atemporal. Mas, o que se há de fazer? Os sentimentos são, quase sempre, forte demais prá serem totalmente controlados, mesmo quando sabemos que vamos a mil por hora, sem os pés no chão. Ah, sim. Muitas vezes, até na contra-mão. E daí?

Pois há 1 ano eu voo feito avião. As palavras são meu co-piloto e vocês leitorinhos/blogueiros são a minha tripulação. E, é sempre um prazer enorme embarcar nessa viagem, com vocês.

Já dissertei sobre dor no peito, nó na garganta, borboletas no estômago, 'mal de Parkinson' causada pela pela paixão fumegante ou pelo medo quando caminham em sua direção. Já escrevi sobre o aperto na alma por um abraço ou a falta dele. A ferrugem do orgulho que corrói. O frio da indiferença que congela o peito. O calor do carinho que se encaixa na vontade e vai crescendo até tomar você por inteiro.

E não é culpa minha querer que entendam. É que as pessoas sofrem iguais. Não é exclusividade minha. Embora atendência é sempre achar nossa dor única e maior.
Bem queria que fosse por minha causa, mas as pessoas ficam - no verbo estar e não ser - felizes. O mundo é uma roda gigante, com direito a limão e algodão doce.

É que as pessoas se amam. O mundo não é perfeito. Relacionamentos são complexos e a única certeza é que, neste exato momento, em algum lugar do mundo, alguém sentiu ou sentirá o mesmo que eu. Eis que é por isso que compartilho com vocês este blog. E vocês codividem comigo nos comentários, incentivos e até críticas - que são sempre pro meu melhor - gratidão!

366 dias, ano bissexto. 48 posts - menos do que eu queria - mas todos estão no centro, emoldurados por toda a beleza dos personagens e fatos narrados, neste quadro virtual. Todos os textos são, para mim, como ilhas de tecnologia e antiguidades: O ato de expressar o sentimento. E, para cada um que aqui se encontra comigo, penso que, também, acham uma forma peculiar de se encontrarem. Talvez seja loucura minha, presunção pensar assim. Nãa importa, não quero mesmo ninguém que não esteja louco para ficar aqui e partilhar dessa inundação de letras sentidas, na essência da palavra.

Assim, vou escrevendo há 1 ano. Torcendo para o próximo pedacinho de você vir logo para cá, preencher os espaços nas palavras que já são seus. Decolar mais uma vez, e mais outra e outra... Porque sempre é diferente do que eu esperava, do que um dia pode me fazer feliz, como se fosse a primeira vez.

Além do que se vê, se ouve e se lê. Quando escrevo, sempre tento algumas observações, confusas confusões. Contos ou delírios. Conversas ou vícios. Desabafos, de propósito desassistido entre tantas eu. Um universo paralelo, movimento, rascunhos, bobagens e afins. Mas, com a alma livre, de amor atrevido, seguida de três pontinhos...
Uma menina com nome de boneca e feita de lápis e papel. Livro sem final.
Grata por me permitirem ser uma porta conectada a várias outras portas.

[Gratidão por ser-bem-estar com vocês e que assim seja por muitos anos, amigos leitores e blogueiros. Parabéns!]

sexta-feira, 20 de julho de 2012

O dia D.



Dou um pulo da cama.
Vejo às horas no despertador: sete e meia da manhã. Olhos abertos. Levanto um pouco tonta, meio desequilibrada e totalmente confusa. Sinto algo estranho no ar.

D
esintegrando sorrisos, meu pulso lateja a corrente dor, espalhando-se como poeira que arde os olhos. Estou no limite de um estado torpor e febril por decepcionar-me com minha 'pseudo-intuição'. Vou deglutindo o gosto amargo do dia que se aproxima. O dia D; da despedida, do desespero, desapego, desânimo, da desculpa, delirante e deletável ciclo 21.
Poros entreabertos captam a ausência, as mãos trêmulas mau escondem o sofrimento de uma noite insone e congelante, onde insana esperava ouvir sua voz me pedindo, me chamando: vem!
Guardo-me novamente no tempo dos lençóis, tentativa de amalgamar essa tristeza.
Aguardar-te-ei nas ilusões que estão por vir com gritos embargados.
Vou fingindo que esquecerei seus olhos devoradores e sua voz macia que perfura meu cérebro.
Vou me permitindo virar a página e marcar o seu dia no calendário como o dia do meu abismo. Enquanto deixo-me cair, sem tua rede de proteção. - Ah, quantas quedas livres foram prá cair em teus braços e o teu carinho que me amparaste.

Se você voltasse hoje, me encontraria como sempre quis. Talvez, se preferires voltar amanhã, se machuque nos cacos de alguém que deixa para trás. E com o corte fundo, a dor tão crua e os motivos penetrados. Que esse amor de outrora, náufraga nas veias de meu sangue, parece afogado para sempre.

Abandonarei de vez o papel de linda e inspirada, de compreensiva e apaixonada, enquanto, sua marcha nupcial me adoece. Não acreditarei mais em frases quase dentro da orelha, seguida dos beijos que me juraste amor. Combinamos que, não haverá próxima vez, e que agora você vai ser feliz em outro lugar.

Fica combinado que perdi a crença em bonecos de noivos em cima de bolo com recheio de coco. Em fatia cortada de baixo pra cima. Em goles de champangne com copos cruzados. Combinado então que, não creio mais nos votos, que alianças são apenas bons negócios, e que tudo que saiu do céu de sua boca, foram prá mim estrelas cadentes, onde só restaram os desejos...
Só para constar, meu coração já foi... Estou sentindo o resto ir aos poucos...
Semi morta, enquanto você renasce por aí, aguardo a confirmação da morte, o atestado de óbito do sentimento de nós dois.

Eu fico. Você, vai.
Você, seco. Eu, encharcada.
Ambos de amor.



quarta-feira, 18 de julho de 2012

Silêncio...


Quando o silêncio é a minha única companhia, eu tento fugir de mim mesma.
Não porque estou só, mas por não ter mais nada a dizer. E isso acontece mais ou menos quando chego ao fim de uma ideia ou ela já tem um conceito tão bem formado, que ela quase morre por dentro.  E a pior parte é esse quase, que não mata, só tortura.
Não vou ficar mau, sabe?
É meio tarde prá isso também. Aliás, é meio tarde prá tantas coisas que nem tive tempo...
Outro dia, (o dia que não acabou) me disseram tudo que eu queria ouvir. Foi tão verdadeiro.
E com tantos sentimentos expostos, dadas às circunstâncias, eu agora neste abismo silencioso que ecoa a distância (‘ânsia, ânsia’), até poderia, flertar agora com o drama. Mas, é difícil manter a esperança irracional que envolve o corpo inteiro e me impediria de abrir os olhos e ver que não depende só de mim e que de nada adiantaria, nem se eu quisesse sair gritando na tentativa de chamar sua atenção. Neste ritmo existe a naturalidade das coisas, e ‘existo’ eu, fingindo que as coisas são fáceis, só prá ver se fica melhor.
Se isso fosse um filme, esse seria o momento em que, com um “pause”, pararia o filme.
Ah, carinho. Não porque eu tenha que tirar a pipoca do micro-ondas, ou porque a pipoca precisa de mais sal, mas porque existe uma informação que precisa ser inserida para que eu entenda o resto da história.
Esse texto, de repente, pode até não corresponder à realidade. De modo que eu posso simplesmente fingir ou comentar algo por cima, só prá camuflar como mais um texto. Porque quando escrevo, eu posso falar sobre tudo e sobre o que eu quiser, não é?  Às vezes!
Nesse exato momento o silêncio faz tanto barulho, que me cala. Eu nem sei se há realmente algo além dos meus pensamentos, se já falei demais, se já ouvi demais ou deixei de ouvir, de falar. O que sei, é que tenho aprendido com você neste tempo, ou com a falta dele, que palavras e atitudes são distintas, e que se você é importante, sabe exatamente qual delas te fará sentir assim.
Não gosto de pensar no tempo, esse sim, anda passando rápido. Encarar todo esse desconhecido, faz meu coração disparar. Que medo que ele pare de acreditar que você já não se lembra mais a razão que me amou. Penso na vida enquanto penso em você.
No segundo que te vi, o mundo desapareceu. Agora a vida girou e no piscar dos meus olhos você não está mais aqui.
Enquanto escrevo, balbucio.  – É, já tenho 30 anos!
Ao bem da verdade, que eu não faço ideia da minha idade. Digo isso, porque no momento não faço mais do que ficar aqui me sentindo uma adolescentezinha boba e em crise de ciúmes e paixonite aguda (mas, de tudo que ouvi, eu não deveria estar me sentindo importante agora?), e essa consciência me perturba um pouco, e o modo como mostro minha fragilidade, me envergonha.
 – É que já sou uma mulher adulta e preciso encarar o fato de que tenho o valor que me dou. De que os caminhos prá não viver um amor de monólogo, é uma questão de escolha e não de espera.  Eu vou manter a distância, mas eu tenho esse amor, e é tudo que eu tenho, certo ou errado, o que eu deveria fazer?
Talvez, este seja o momento e pensamento mais patético de toda a minha vida.  – Tudo bem, tudo bem. Eu não queria ter dito isso. Só prá constar sou totalmente a favor de que cada um seja o que  quiser e cada um com o seu ritmo.
Por último, e não menos importante, sei que, toda esta falação do silêncio, só me faz sentir que: é uma pena que prá pôr os pés no chão, eu tenha que pisar no meu coração.
Que eu devo me cuidar mais, pois desaprendi a leitura dos olhos, e que as palavras voam, e a suas também voaram prá bem longe de mim. Mas, se eu acho que esse é o final da história, eu estou é muito enganada!

terça-feira, 10 de julho de 2012

Te adoro e te prefiro...



E nessa distância, vou lembrando todo dia sem você saber.

Seu carinho sob a tez de minha pele, o gosto infinito do beijo agridoce, que penetra a boca quente. Fios de mel, traçando nosso olhar.

Não sei porque não esqueço. E se insisto na resposta, eu só acho você. Sinto no céu da boca, um coração palpitante.

Escorreu-me entre línguas e dedos agônicos, o não dito. Porque se ocupavam em te acariciar e pouco pedir, pois algo no seu jeito de se dar, bastava.

Deve ser o jeito que cantou prá mim, e os tons que passearam na sua voz quando me disse ‘te amo,’ ou os olhos fixos quando me chamou de linda.
Deve ser teu jeito menino, ou seu hálito em mim enquanto sussurrava em meu ouvido coisinhas. Deve ser as piadas dos momentos mais difíceis, teu otimismo é só um jeito de explodir.
Deve ser porque te adoro e te prefiro de todos que o mundo tem. Deve ser até mesmo esse "q" familiar.

Ah, essas horas que seduzem palavras de outrora sonolentas, sonhos disfarçados na pausa do mundo lá fora. E o que era prá ser superficial, foi fundo, como a terra que se encharca da chuva. Meu nirvana!

Ah, quando sua métrica se desmonta, seus poros se arrepiam, e ferozmente arranca sorriso de queimar as entranhas. E a gente jura voltar ao normal, porque algum outro disse que conseguiu.

E depois ir à rua e sorrir, sorrir, para no final gargalhar de todas as besteiras ditas, das bobeiras enlouquecidas, das horas corrigidas, dos ponteiros trocados. Rir, chorar e rir enquanto o tic-tac das horas avisa que a vida não pára.

Somos o mergulho incessante na madrugada, lambendo o último gole de vinho que se derrama do paraíso vivido. Assim, esse amor possui a eternidade que nunca existiu, enquanto você me desafia a viver sem você.

Aspiro...
Em seguida,
suspiro...

Lembro, enquanto segue em seu atalho e me faz falta, aqui, no caminho mais longo. Exercito a paciência! Ninguém sabe mesmo onde os caminhos vão dar. Mas, espero que o mundo dê a volta...

Amanheceu, desperto.
Iluminam-se as horas vagalumeadas nos olhos de meus desejos, suave constância do ocasional.
E o ontem, já não existe mais?







quinta-feira, 28 de junho de 2012

A vida ensina!


Correr, liberar endorfina, respirar ar puro, (ar)fantes...
Põe às pilhas em um lugar bem longe da mente, prá que pilhar??
Erra também quem revida. É a vida que ensina!
O lance é andar de mãos dadas com a paciência, prá atravessar a corda bamba sem cair e enrolar. Atento, "tenaz", vai que "cola" de ninguém te passar prá trás. É isso, sucumbir prá quê? Loucura pouca é bobagem quando uns amam o poder, e outros tem só o poder de amar. É a velha história do mundo, só prá não variar.
Tá na hora de ter olhar clínico, coração cirurgico, uma palavra prá desafogar, o nó, a dor, o amor desses que sentem e mentem até intoxicar, pulverizar. Isso nem é o fim do mundo, pior é o fim do mês, conte até três, e mate um leão por vez. Um tanto mais difícil é livrar-se das cobras venenosas e voadoras, mas prá isso ORE, que Deus não dá asas, o voo é cego e a queda é certa. Nem te assuste, se cair não machuca, já rastejam, foram feitas pro chão. Deixa prá lá...
Eu sei, te deixa doído quando respira, e doido só de pensar. É efeito desse alucinógeno. Não conhece? Ah, é a posse. Te faz imaginar coisas onde não existem, e ver coisas que nem estão lá. Relaxa, o amor é vários e variado, é sentido duplo. Mas, saudável, só quando duplamente sentido. Sabe qual, né? Daqueles que vai e entende, volta porque precisa, sem forçar a troca. Envolve de cuidado, reveste de alegria , mexe e remexe prá manter a paixão, satisfeito devolve e pede mais ao céus todo dia. É daqueles que enquanto espera na distância, suporta quando te invade a vaga imaginação da liberação do silêncio das almas... sobrevive a saudade, nas lembranças.
Então, corra livre junto ao vento, vire lenda no tempo, só não deixe histórias perdidas, se livre das agonias, busque as vozes de dentro, na memória, no senso.
Conte os dias, os meses, as horas. Se for a contento divino, nova vida aflora. E não deixe de viver o agora. Se achar que deve, mude. Mas mude só o necessário do mundo que te cerca, pois você é parte constante dele.
Abrace a sua grande causa. Não queira ser igual, tua magia é ser diferente. Quem tem medo do escuro, jamais enxergará a luz. É isso, até a terra é metade noite, metade dia. Deixa o mundo girar. Aos poucos o giro vai mudando o foco, e o lugar nem te acrescenta mais. É preciso outros lugares, outras pessoas, bebidas mais fortes... Seja lá como chama, damas, dramas. Não acostume-se!
Então vá, que só a esperança dispersa, é a verdade que liberta. Bata a porta na cara da maldade, da ilusão e abra só pro amor. Não viva só de conselhos. Andar de ponta cabeça também pode ser certo, se o mundo estiver de pernas pro ar. Procure moradia em um abraço, e de lá só saia prá devolver sorrisos, e milhões de coisas boas que as pessoas não se importam em ver, coisas que a maioria nem são capazes de ter.
Vá! Cante, toque, encante, se permita o perdão, que Deus perdoa, e te faz perdoar.
Porque quando se aprende amar, não existe nada a não ser APRENDIZADO!
E assim, tudo fica perfeito! Porque melhor que ser delirante na poesia da vida e se iludir, e melhor que ser um realista frio e calculista, é brincar com a verdade da vida... assim, você lida com a realidade profunda das coisas, que também está muito além do aparente objetivo definido da matéria...






TODOS OS TEXTOS DESTE BLOG SÂO DEVIDAMENTE REGISTRADOS EM CARTÓRIOS!

Emilia C. Noia.

sábado, 16 de junho de 2012

Constantes.



A despedida não é nenhuma estranha. É uma constante.
Nos despedimos de tudo e todos à todo momento, seja por um momento breve ou finito.
Uma palavra não vive mais que o momento de um fôlego. Mesmo assim, é uma constante! Na expressão, na escrita, no gestual, na imagem, na canção, até no imaginário...
Na despedida nossas palavras ecoam assim que são ditas.
Por que, nossas palavras se dirigem sempre à aquilo que é eminente. Buscam o risco de entender e se fazer entendida. E na despedida elas vivem para sempre.
As palavras, as despedidas, alardam nossas imperfeições, apesar de nosso medo. É o momento que nos revela, com apenas um pensamento: amar com o coração até o fim, e ser deixado apenas com aquilo que é precisoso. Arriscando tudo!
Quero o amor constante na minha vida. Nunca estar longe de você amor.
Nem mesmo o abandonar. E numa outra constante, ter um mundo onde continuarei sendo aquela que te ama. Que te ama além da imaginação que fica por trás do adeus. Além!
No meu coração, e no coração daquele que ouve além das palavras, e que sentiu a essência. Eu continuarei a falar constantemente, prá que não morra o sentimento no suspiro de um silêncio. Imortalizando àquele que amo e continuando amá-lo, mesmo quando os olhos se fizerem distantes.
Mesmo sem nunca me dizer, o que eu ouvi de seu coração.
No seu coração nunca estará sozinho. Estarei em suas lembranças.
Esse amor que me abraça a alma, é sua presença constante!

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sob o luar...

Você pode sentir a batida do meu coração?
Você pode sentir isso te chamando?
Eu posso estar em perigo por me tornar sonhador demais desde aquela noite. Mas, meu coração é tudo que te ofereço.
E nas sombras de uma promessa, você pode tomar minha mão e me mostrar o caminho para entender.
Se você acha que sabe como me amar. Se você realmente quer que eu fique, toque em meu coração, talvez seus sonhos vêm o verdadeiro.
E, eu serei com você todos os meus momentos. Mesmo quando certos momentos forem silêncio para dizer como se sente, eu esperarei a chance de ter tudo em um olhar.
Um amor tão brilhante, como um diamante multifacetado e colorido, tem que valer…
Leve-me em seus pensamentos, e pense sob o luar das noites… É antes de dormir que os sonhos se desenrolam.
Eu segurarei você em meus braços e pensarei sobre a paixão que queima dentro de nossos corações. Porque prendi você perto de mim, quando você sussurrou nossos sonhos na hora de amar… e fez de todo esse amor um sonho à mais.
Nós temos o céu acima de nós, qual é mesmo o limite prá amar?
Penso sobre esta noite e um sorriso feliz me escapa, enquanto arfante, ainda ouço aquela música que tocou em/para mim.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Tempo de flor-e-ser…



Estou em um mundo de redescobertas.
Mas não estou com pressa, preciso de um momento.
As conversas ainda sussurram, pelos corredores lotados de lembranças, há um clima sempre emocionante aqui.
Vou sentindo à loucura das manhãs, a magia se formando, e me dou conta que está tudo como se nunca tivesse me despedido.
Eu resisti tão pouco à você. Eu não sei porque não tive medo.
Estou tremendo agora. Você não sabe como senti sua falta uma vida toda.
A loucura das manhãs, a magia se reformando, é tudo único e intransferível.
Não quero mais brincar de ser feliz sozinha, desta vez poderia ser maior e melhor à dois.
E então, você me deixa voar. Todos sabemos que posso conseguir.
Mas, não olhe apenas, alce vôo comigo.
Será que consigo parar de tremer?
Já houve um momento com tanto prá se viver?
As conversas sussurrantes de outrora, estão a dizer: “- Não só hoje, mas para sempre.”
Ensinamos novas maneiras de sonhar…




terça-feira, 24 de abril de 2012

Te sinto.



Sinto sua presença em mim.
Não sei dizer se será eterno. Só o quanto já me tomou.
Nos detalhes construímos uma nova história, dessas que só acreditava ter nos livros.
E as minhas páginas em branco, são preenchidas com as batidas do seu coração.
Você escreveu na minha alma. Posso ler que nunca mais serei a mesma depois de você.
Em meio à tantos sentimentos apressados, vagarosamente vou aprendendo à meditar sobre esse amor. E quando minha razão se perde, sua emoção desenha prá mim o caminho. E me amando na aflição a tua paciência me mostra a direção até você.
A cada encontro, o mesmo brilho no olhar, e tudo faz sentido nos meus dias e traz novos sonhos às minhas noites.
Perdemos a linha e nossos destinos se cruzaram. Cuidadosamente nossas vidas colidiram.
Agora, mal posso respirar se te soltas de mim. E quando a saudade me entorpece, te busco em melodias, no sorriso secreto que me destes, nas suas palavras que guardo.
E tudo muda por dentro! Toda esta invasão me torna melhor, e meu coração já não bate mais sozinho. Mesmo quando você não está, é a sua presença que sinto!

domingo, 22 de abril de 2012

Divagando...

Na vida é tudo uma questão de escolha, e não deveria haver problemas nisso, mas há...
Há sérios problemas de expectativas e frustrações.
Às vezes, não fazemos outra coisa a não ser dar tempo e esperar.
Às vezes pensando no que o outro pensa, e olha o tempo que isso toma.
Às vezes pensando no tempo que temos, e a escassez só nos apavora.
Às vezes pensando no tempo que perdemos, pensando.
Às vezes pensando no tempo que não haverá, e que mesmo assim, será tão longo e estranho e cruel, só por pensar em como poderia ter sido.
Eu me pego pensando no que estará pensando agora. Se no tempo, na espera, ou no que sente??
Às vezes só pensamos nas certezas que temos, e no tempo que inventamos, o que também precisa de tempo e quase sempre, é só a realidade que se tem.
Aí me pego pensando à quem estamos a enganar, e doar tempo, esperar um tempo, prá ganhar tempo, até chegar o dia que não teremos o mesmo tempo de esperar, querer...e sequer sonhar???
Deixo assim um espaço em branco, prá ser preenchido com todas as palavras que não sei dizer... Deixo o espaço, prá você imaginar tudo que vivemos prá caber no tempo. Pois, não consigo fazer toda essa imensidão caber num poema. Bem queria compor um poema, que ao invés de falar de amor, fosse o amor que deveras sinto. Mas eu, pobre poeta, não sei descrever algo tão grande, nem tão vivo...
Deixo assim, um sentido nesse espaço em branco, prá não correr o risco de deixar de dizer qualquer coisa, por apenas não saber como. E, quando assim teu pensamento for tomado, pela dúvida de uma resposta ou uma palavra não dita por mim e em favor do nosso amor, tens, no espaço do tempo, um pensamento, prá que lembre-se desse espaço vazio tão cheio de mim, e ele falará por nós, basta você querer ouvir.



    (IBTY, for life).

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Devaneios.


Eu sempre tive um sonho, ele era só meu, todinho meu.
Mora em mim desde que eu era só uma menininha. Tem vida própia, tem um coração e uma alma. E é parte de tudo que essa mulher em mim dá ao mundo.
É um grande sonho, grande o bastante pra compartilhar, como um arco-íris suspenso no ar, ligando opostos. É o sentido da palavra amor.
E eu que só acreditava existir sonhos, agora agradeço à Deus por torná-lo realidade. Me faz pensar que, talvez, Deus também seja uma mulher. rs

Hoje já me sinto como uma lua cheia, e eu me banho dessa luz. Não há vergonha abaixo este céu, e de mãos dadas ao passado, enfeito meu coração despedaçado, como um doce som, que só eu posso fazer, e ele se fortalece a cada vez que eu respiro. E é tudo parte de me fazer sentir nova.

Houve noites que tudo era vazio, quase tão vazio quanto eu me sintia - uma chuva fina, fria - isso não é impressionante? As coisas deveriam ser mais leves, mesmo quando for um tornado escurecendo o céu, e voce achar que não existe um coração, e ele vem e trás consigo um dia de sol e um novo ritmo.

Se voce pudesse ler meus pensamentos, saberia o quanto me esforçei, prá que esses sonhos que já não estavam nos meus planos, não acontecessem. Mas eu devia saber, com todas as chuvas que derramei, eu devia ter percebido que nunca, era muito tempo e que sempre, é mesmo um triz. Não consigo entender porque não posso doar total meu amor, ou amar sem fim...
Procuro em minha memória o motivo de nao poder te amar, não é dificil encontrar as razões. E me magôo, menos sinto, e quanto mais acho que sei, menos descanso neste estado de estrela solitária. Por que temos que ficar fora de alcance? Mesmo tendo desejo, um coração que pede, uma alma que precisa, e uma canção que faz o mundo girar. Só porque hoje estamos indiferentes, por vezes ter sido caloroso, depois frio e desalmado?
Todos nós temos uma coisa que estamos procurando. E tem sido assim desde o ínicio dos tempos, e no meu sonho virando realidade, eu procuro uma vida repleta de amor. E que quando as tempestades acontecerem, eu tenha a essência do amor, prá saber esperar passar...

Eu só quero agora essa luz que brilha, que brilha prá mim, prá guiar meus passos, porque eu estava avessa a qualquer lua que não fosse a do céu, e agora ela está nos olhos de alguém, e essa não é a razão de eu viver, mas é a razão de eu estar tentando viver melhor. Ao menos tenho algo pelo que viver, algo para provar, algumas pessoas fazem isso sorrindo e outras nem chegam tão longe...
E, independente do que seja o amor, somos todos abençoados só por existir amor!
Esta é a realidade de uma garota comum como eu, que era só um poço de sonhos. Eu nao posso enxergar o futuro, pois o destino tem planos que não nos são revelados. Mas, sei que às vezes é preciso abandonar tudo e começar de novo, ou às vezes será um tipo errado de paraiso que não existe fora dos sonhos. No entanto, não existe outra maneira de aprender e saber o que poderá ser O CERTO, pois é tudo uma questão de sentir e de tempo...



 

domingo, 8 de abril de 2012

Feliz Páscoa!


 O símbolo da páscoa nos fala de ressurreição de Jesus.
  Exige de nós reflexão, fé e esperança...
  Que ressucite todos os dias nossas esperanças, nossa fé, nossa gratidão.
  E, acima de tudo, o nosso cuidado e respeito, com o que só Jesus ofereceu por nós: A vida.
  Que na reflexão, que Deus que nos ensine o caminhar, fortalecendo e amparando as nossas realizações, paixões, sentimentos e ternura.
  Que pela fé, seja tempo de agradecermos discretamente por tudo que temos e por tudo que teremos.
  Que com esperança, seja tempo de procurarmos desvendar o mapa da vida, que nos leve ao baú onde abriga o maior tesouro do universo, que é, o amor puro, verdadeiro...
  É tempo de retrospecção por tudo que tem sido e uma antecipação de tudo que será. E é nessa esperança, que mora a fé no novo e aprendemos com o passado. Com os sentimentos distribuídos de corpo e espírito, pelo nosso Salvador, que nesse instante, de mãos dadas pela imaginação da realidade virtual, declaro meu profundo amor à vocês amigos do blog...
  É dia de milagres, é dia dos nossos sonhos parecerem estar mais perto.
  É hora de lembrar com afeto e apreciação às pessoas em nossas vidas que são importantes e fazem diferença.
  Pessoas como vocês, que carinhosamente, me acompanham neste espaço.
  Doce Páscoa achocolatada!

quinta-feira, 8 de março de 2012

MULHERES...


Aonde chegam, aos poucos seu perfume toma conta.
Qualquer segundo a mais ou a menos pode estragar tudo.
Vestir uma roupa é uma arte que depende menos da conta milimétrica do tempo e mais da intuição. Sua marca está por todos os cantos.
São elas que guardam este segredo entre a fragilidade e a fortaleza.
Ao redor do fogão ou de uma mesa de escritório, estão sempre repletas de ingredientes: Tem a magia da beleza, o encanto da sutileza e o divino dom de gerar. Cuidadosa, maternal, falam baixinho, empinam nariz, gera pai, gera filho e gera o amor. A dose certa de amor e cor em tudo que há.
Com elas, a vida se torna cheia de motivos para comemorar. É como celebrar cada dia, em cada feito, não pelo tamanho, mas simplesmente porque nos mostram que a vida que nós conseguimos é boa sim. E que esses pequenos detalhes podem parecer bobagem para um monte de gente, mas significam muito para elas, que sabem melhor que ninguém de todas as aspirações e dificuldades.
Para manter a proximidade entre as pessoas, elas têm jogo de cintura, são criativas e estão sempre disponíveis para o diálogo.
Com elas tudo é possível! Viver o proibido, jogar-se no abismo, enfrentar o desconhecido.
Elas inspiram coragem. Enfrentam desafios. Sustentam a ousadia, quando diz que sim, vale a pena lutar. Pode ser por um familiar, um amor, um desejo. No cotidiano, nos sonhos ou em um país distante. Por que elas abrem caminhos e driblam o medo.
Desbravando o imprevisto, descobrem a coragem. E na dor tomam fôlego, ganham energia, fazendo revolução por onde passam.
São heroínas, mocinhas de contos de fadas, são as Marias mães, meninas, filhas, esposas, mulheres.
Um sexo com audácia para mudar o mundo, vestidas apenas com as armas do salto, prontas a saltar além dos muros dos preconceitos...

Minha homenagem a todas vocês!
E, "um especialmente" para: Vitória Noia, Aparecida Tótola, Carina Ramalho, Lenita Logullo, Alcina Noia, Líria Santiago, Brenda Noia, Rose Reblin, Helena Mattos, Jaine Ramalho, Ana Neves, (e a memória de minha mãe Iracy, meu exemplo maior de mulher. Que sei, ainda me guia, desde que virou aquela estrelinha no céu).

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

OFF!

Desde o primeiro dia.... de onde vem esse amor?
O que me fez amar as coisas que escrevo aqui?
 

Não sinto nada por dentro, sem paraquedas, fui direto ao chão.
Não quero preencher o silêncio do abismo com palavras escritas, que ecoam somente a verdade.
Eu me deixei cair, sou a única culpada.

Meu coração parou, está sem ar. Sem respiração na há coração.
Sem coração não há inspiração. E sem inspiração não há porque falar.
Meus pensamentos estão comatosos.
Ando perdida de mim e as palavras já não me perseguem.
As palavras não fluem- quando a vida às vezes é tão
 injusta e por isso não quero falar dela agora. Ante tanto estarrecimento, resolvi me calar. E por hora, minha pena vai descansar sobre o papel em branco.

Não quero ficar dizendo "nada" para ninguém. O blog é um espelho em que não me vejo no momento.
Sem reflexo, apagaram-se as luzes. As lembranças vazam dos meus olhos.
Busco na quietude da solidão, por as mãos na cabeça e chorar...esvaziar...de "tão cheia" que estou. Transbordo.

Fico aqui tentando encontrar meu antigo EU. O que me tornei, não me serve sozinha.
Por isso, vou tentar continuar como se nunca tivesse me conhecido assim.
E, tem essas vozes dentro de mim que dizem: - siga em frente!
Só espero nunca ouvi-las gritar que, isso tudo, é um GRANDE ERRO.

Já esperei que a saudade me trouxesse o sorriso de volta. Agora, só espero pelo dia que meu coração vai parar de doer.
Espaços vazios fazem coleção na minha vida, e ninguém pode advinhar que a cada rosto distante, me faço incompleta.
Eu ainda estou acordada, mas não sinto meu coração bater...
Estou em OFF!

PS: Ontem dia 12, foi o dia internacional do obrigado.
Hoje é dia 13, sexta-feira 13. A todos, meu muiiiitíssimo obrigado pela cia e, uma sorte melhor... Até a próxima!
 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Árvore do amor!

Árvore, que sombreia o calor do meu ser.
Enfeitaste meu céu azul à linha do horizonte, com teu lindo verde sumo, para que meus olhos pousassem.

No embalo do descanso, balance na brisa do meu suspiro.
Me abrace com seus galhos, até que eu desperte.

Aninhe meu canto mais sereno, enquanto umedeço suas raízes e te alimente no seio do meu prazer.
Vem descobrir no amanhecer deste verão minha cor e me entregue tua seiva.
 
Exale teu cheiro de fruto e amadureça na minha boca o teu doce.
Saciando minha fome, floresça em mim todos os dias.

Põe em mim tua semente, para que brote do carinho e da adoração!
E numa grama verde envolvente, deixe tua vida em mim continuar, antes que ela seque...
...indiferente.


PS: A música deste video é de Daniel Ramon, compositor, cantor e baiano.
Mais um talento da minha terrinha natal. Êee Bahia de todos...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

À noite sonho contigo.



Quando o sol se esconde, sob as luzes da noite, a sombra dos nossos corpos perseguem meus pensamentos.
A lua, ressalta a cor de seus olhos, já selvagens.
Como o vento, traz leveza em suas mãos quando toca meus cabelos.
Feito flor, desabrocho na umidade da sua boca sugando água prá minha sede.
Minha lingua ávida explorando sua pele, loucura benvinda que desatina.

Não sei pensar em mais nada, só sinto o gosto bom do seu prazer.
Digo todas as palavras de amor, calada, enquanto me invade com a doçura carnal.
Meus sentidos estão arfantes e, a cada suspiro uma conquista me matando suavemente.
No espaço entre o carinho e a volúpia, tua voz tão agradável, e o teu corpo que pesa.
Eu brilho com a grandeza dos meus desejos por você.
Nessa febre louca, o arrepio do pêlos, minhas unhas em tuas costas.
Meu abraço que não te solta, minhas coxas que te apertam em volta.
E no desassossego do teu fôlego, a terra treme com você dentro de mim.
Deixo as estrelas agora, na paz de um céu azul profundo lá fora, prá no conforto do teu peito ser teu pedaço escondido.