sábado, 28 de dezembro de 2013

Ei pessoal, esse é o texto que escrevi de mensagem de Ano Novo para o Programa Apêtv que foi ao ar neste fim de semana. Para quem não viu, ainda dá tempo de ver amanhã no canal SBT interior às 9:30 hrs e na SRTV às 10:00 hrs da manhã. Na próxima semana postarei o vídeo. Um feliz ano a todos meus amigos blogueiros!!
Beijos da Mila.


"O CONCEITO DE UM NOVO ANO QUE SE INICIA TEM O PODER DE TRANSFORMAR AS PESSOAS.
MAIS QUE UMA QUESTÃO DE TEMPO, OS 365 DIAS DO ANO SÃO UMA FORMA DE MANTER OU MELHORAR A NOSSA QUALIDADE DE VIDA. É RENOVANDO NOSSO CALENDÁRIO, FECHANDO E INICIANDO CICLOS, QUE PODEMOS PARAR, TOMAR FÔLEGO, REPENSAR ERROS E ACERTOS, AGRADECER A DEUS POR TODAS AS GRAÇAS RECEBIDAS E PEDIR QUE NOS GUARDE E ABENÇOE NESSA NOVA FASE.
QUE A VIRADA DE ANO SEJA MAIS QUE UMA SIMPLES MUDANÇA DE CALENDÁRIO E FESTAS, MAS SIM UM MOMENTO PARA REFLETIR SOBRE NOSSAS VIDAS, NAQUELES SEGUNDOS QUE NOS TOMA DE ESPERANÇA E MOTIVAÇÃO PARA FAZER AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS. O NOSSO ANO É O NOSSO TEMPO. POR ISSO, OS CUIDADOS NO DIA A DIA SÃO TÃO IMPORTANTES E DEVEM SER ENCARADOS DE FORMA ESPECIAL.
GARANTIR BONS SENTIMENTOS REFLETEM NOSSAS ATITUDES O ANO TODO. ABANDONAMOS NOSSAS LIMITAÇÕES EGOÍSTAS À MEDIDA QUE DIRIGIMOS NOSSA SOLIDARIEDADE AOS OUTROS. EM CADA ESFORÇO QUE FAZEMOS PRA PRESERVAR A GENTILEZA EM NOSSO CORAÇÃO, PODEMOS NOS LIBERTAR DO CONFINAMENTO DAS DIVISÕES SOCIAIS, RACIAIS, RELIGIOSAS, POLÍTICAS E EMOCIONAIS.
VIVER É UMA ARTE. DIFÍCIL ÀS VEZES, MAS QUE COM CERTEZA UMA SATISFAÇÃO PESSOAL COMPENSARÁ O ESFORÇO. TENHA PACIÊNCIA COM O NOVO. A DIFICULDADE INICIAL É NECESSÁRIA PARA QUE A GENTE CONSIGA APROVEITAR MELHOR AS CONQUISTAS QUANDO ELAS CHEGAM.
TENHA ALEGRIA COM AQUILO QUE LHE É DADO. O GRANDE SÁBIO É AQUELE QUE VIVE COM O MÍNIMO. DESSA FORMA, VOCÊ FORTALECE O TEU DESAPEGO EM RELAÇÃO AS COISAS QUE NÃO SÃO REALMENTE NECESSÁRIAS PARA QUE SUA LUZ BRILHE E ESTENDA A OUTROS QUE DELA NECESSITAM.
VAMOS À CONTAGEM REGRESSIVA PARA UM ANO DE MUITA CONSCIÊNCIA, AMOR, OPORTUNIDADES, ALEGRIAS E ACIMA DE TUDO, SAÚDE E FORÇA PARA OS MOMENTOS MAIS DIFÍCEIS.
QUE A CONSCIÊNCIA EXPANDIDA E A SABEDORIA DE AMAR, SEJA A DÁDIVA DIVINA DESTE NOVO ANO QUE SE INICIA!
UM FELIZ 2014 PARA VOCÊ E SUA FAMÍLIA. ESSES SÃO OS VOTOS DA FAMÍLIA APÊTV."

Por Mila Costa. (Mila Noia)


terça-feira, 10 de dezembro de 2013

10/12/2013

Exatamente hoje, dia em que fazem 4 anos sem você Humberto, o dia amanheceu nublado, quase sem cor... Desbotado, assim também está meu coração, meio "blue", meio cinza. A saudade é uma constante na minha vida, senti-la é 
como respirar. Há certas datas que parecem fazer a saudade apertar doído. Datas que nos fazem lembrar de detalhes minuciosos da vida e inevitavelmente refletir. Traz alguns remorsos, desperta culpas, os “se” e os “por quês” parecem o som repetido de um vinil arranhado... A gente ora, busca as melhores lembranças, se interioriza, se faz de forte, tenta entender... Mas aceitar não é uma escolha, compreender é preciso, e mesmo assim dói. Acho que nem um preço a pagar é tão alto como à presente falta de alguém. Essa distância que nos foge ao controle, que uma simples passagem não paga. Que o telefone não aproxima, que as redes não conectam. O jeito é deixar o tempo passar. A falta é mesmo como os dias... dias nublados, dias ensolarados, o jeito é esperar passar os maus dias, eles sempre passam também, e saber aproveitar os dias bons que seguem mantendo sempre a fé de que haverá “ O dia” do grande reencontro. Eu anseio, que assim seja!

sábado, 26 de outubro de 2013

AR / DR

Amar é ser. Amor é livre em si. Mas, é preciso um profundo auto conhecimento pra amar em sua totalidade plena, amar livremente.
Amor Livre é em si um processo de auto conhecimento. Antes de começar a refletir sobre amor, me pergunto qual a nossa intenção sobre esse conceito. Conhecer a verdade sobre nossa intenção é fundamental prá ter clareza sobre o que se quer com essa potência, então, saber onde se pode chegar, prever o que se conquista e ter noção do risco que se corre, porque amor é matéria prima de magia, no sentido literal desta palavra. Sinto ser necessário também definir o óbvio ainda pouco discernido: falar de Amor não é falar de sexo.
Amor é uma palavra que define uma imensidão de sentimentos possíveis numa mesma pessoa, que também se difere em diversas culturas em suas formas de manifestação, mas sempre subjetivo e de definições insólidas; sexo é uma palavra que define uma ação física e objetiva, em todas as suas mais variadas formas, mas sempre clara e objetivamente uma ação física definida. E mais: amor tem uma premissa básica de ser livre da necessidade do sexo pra ser amor.
Essencialmente amor é energia, inerente à natureza do ser, independente da presença ou conhecimento do outro ser. Amar é natural. E somos dotados da habilidade de amor abstrato como amar uma ideia, um momento, uma sensação, um som, um desenho, uma dança, um gesto, um filme, um lugar, e também um bicho, uma pedra, uma planta, uma pessoa, um coletivo de pessoas... E é possível amar por amar, amar o amor, em toda sua radical abstração. Amor é amor em si e encontra nos seres um canal de manifestação. Então, é fato que amar, ou seja, prá se manifestar o amor em sentimento, não é necessário ter algo com alguém a qual se atribui a manifestação deste amor: Amor é inerente à natureza do ser.
 Amor é um elo de ligação entre os seres, é o que nos une enquanto espécie e enquanto existência à todos os seres, ao cosmos... Então podemos dizer que Amor é Luz Divina, e mais: Amor é Deus Dentro Manifesto, Amor é o corpo de dEUs em Luz maniFESTAdo vivo dentro do ser, que assim se torna Divino.
Sendo o Amor uma energia etérea que se manifesta no corpo, o elo entre espirito e matéria, energia pura, é livre por sua natureza de ser, o que torna redundante o termo Amor Livre, se não for livre, não é amor, é sintoma patológico, Reich explica.
 E é da natureza do amor se manifestar em afeto. Mas há basicamente duas naturezas de afeto: do vazio e da fartura. O afeto do vazio é quando o ser sentindo um vazio dentro, quer preenche-lo com o outro, o que não é amor realmente, mas, se disfarça de amor pra existir e ser aceito, em verdade num processo de substituição, angustiante por depender do  outro, onde há a necessidade de controlar as incertezas deste outro prá se sentir seguro, equívoco fonte transformadora de todo apego irracional que gera todo ciúmes, fonte de violência, de castração, de manipulação, posse, perda  e limitação da vida do outro em "meu".
Sentimentos muito interessantes, porque o amor livre torna o ser indomável, imprevisível e auto suficiente. Essa carência afetiva e espiritual travestida de amor em sua superfície, é o gerador do que se acredita ser, convencionalmente pelo romantismo programado e previsível, algo despertado por alguém especificamente, particular entre duas pessoas e fatalmente com começo meio e fim nas novelas da vida.
Já o afeto da fartura é quando o ser preenchido de amor, que é livre e independente por natureza, conecta o ser com a essência divina deste elo de ligação, essa fonte de Divina de luz inesgotável que o transborda e pede pra ser compartilhado. Então, o ser assim pleno, quer pelo afeto compartilhar esse jorro de energia em fartura que não lhe cabe dentro. Está em contato com a fonte luminosa geradora da vida, energia impossível de se ter só pra si, de uma imensidão cósmica indefinível, que não cabe delineada permanentemente numa limitação “do eu”, “do um” em toda sua plenitude. Amor assim, quando encontra em outro ser particular o canal de manifestação, pode e deve estar focado numa relação a dois - sem limitar o afeto àquele que sentir a fartura do afeto - prá que se aprofunde e se desenvolva, num primeiro momento das descobertas, e depois, preservando a especificidade deste encontro único, mas sem se prender a essa condição permanentemente, livre de contratos prá deixar que evolua, “livre para amar, ir aonde quiser, ser o que ele é”. O ser assim conectado com a essência da vida sabe que o amor é a própria natureza divina pulsante em vida, com toda sua energia etérea e toda sua fisicalidade manifestada no corpo. O amor é algo que acontece no cerne do ser inspirado, assim preenchido em sua essência divina por sua natureza transcendente, que ao encontrar o outro encontra na verdade o elo de manifestação física do amor, que sempre pede pra se concretizar em afeto, a materialização desta energia etérea.
 Mas enfim, partindo deste princípio podemos falar de sexo, a expressão máxima de amor, onde os seres que se amam se fundem em um só corpo, realizando a experiência de unidade cósmica, religião em essência por nos religar ao uno primordial, ao mesmo tempo antropófoga no sentido de se dar de alimento e se nutrir do outro, adquirindo prá si parte das qualidades inatas do outro e doando ao outro parte das próprias. Falar de sexo fruto do amor é falar de magia em sua forma mais pragmática e potente, é revelar os erros da alma, é rito de iniciação ao libertar e desenvolver as potências do ser em sua imensa profundidade.
É visível nas pessoas que limitam a sexualidade nos padrões de comportamento convencional, que o olhar não vê além das camadas superficiais, que o toque tem medo de sentir e que ao olhá-las nos olhos, atravessamos nelas camadas que nem elas mesmas têm conhecimento.
É visível a revolução nas vidas das pessoas que se libertam sexualmente com base no amor: o olhar se torna um olhar penetrante na alma, o toque afetivo causa uma inundação magnética em quem o experiência, camadas após camadas de proteção pelo medo do desconhecido e inconsciência vão caindo por terra, a vida passa a ser questionada sobre a legitbilidade de cada elemento que a compõe, e vemos surgir uma auto consciência em expansão ...


 E nesse blá blá todo descobri que no meu amor  um + um não soma  dois, mas é história de dois em um. E que meu final feliz é um adeus, nunca dito, por escolher amar livre a ideia de perfeição.

(Texto escrito em 23/09 - concluído em 16/10)

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Eu, meus medos, meus vícios, meus códigos e mais uma reticência...

Eu acredito no impossível e nessas coisas que você chama de milagre. Mas é em uma simples tarde de segunda-feira que você faz um balanço de sua vida e pesa o que tem sentido e faz sentido prá você.
Eu sobrevivi a vários milagres: suportar uma ausência é um milagre, secar mil lágrimas é um milagre, viver na doçura de uma poesia é um milagre, preferir ser poeta e não a perfeição de um corpo é um milagre, amar é um milagre. É? será? Não, o amor… não! Amor é acontecimento: é o que sobra depois de todo esquecimento da dor. Amor é o que cabe no que eu vejo em você. É o quanto você sabe que eu acredito em você. É quando acordo todas as manhãs e queria que você estivesse ali (do lado) e sorrisse, como se quisesse me encontrar todas as noites e à tardinha também. Dizer que te amo enquanto canto no seu ouvindinho, jurar que te quero ao ler Baudelaire. É quando você sorri prá mim e diz "shhhh" não só para afastar o desespero. É quando eu não preciso fingir sorrisos prá dizer que você me alegra. É não sumir por temer o que te espera e assumir que o que já fomos, somos, e o que ainda poderíamos ser. E na mesmice dos dias, nossos desencontros, eu me encontrar completamente envolvida ao que você sente… Não ser em vão… Querer ir prá qualquer lugar com você, menos ficar onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Verdade ou mentira...

Uma verdade ou uma mentira?
Duas escolhas que podem te levar para o céu ou para o inferno.
Podem ter a leveza de uma pluma ao vento, no instante da euforia, se moldando no largo sorriso, assim como pesam o mundo nas costas, se perdendo da razão, valendo a dor profunda de uma alma.
Palavras? Silêncio? Atitudes que afagam, são também as que machucam???
O que as determinam como melhor escolha?
O motivo? O tempo? O caráter? A importância? O medo?
Qual o limite que as revelam?
Até onde ir, pesar, medir, sentir ou simplesmente deixar por amor?
Vou assimilando, registrando minha decadência em um sorriso nervoso e forçado.
A gente não escolhe amar... a gente escolhe alimentar ou não esse amor, será assim?
Me sentindo um resto humano, nem queria ter acordado hoje. Mas acordei.
Eu que nem escolhi amar, assinei sem saber, minha sentença.
Acordei e arrastei meu corpo exaurido até o trabalho. Entre uma dose e outra de realidade vou incorporando o rítimo da ansiedade, misturando ao desapego.
Aquela alegria barulhenta dos apaixonados, vai sendo anestesiada com a correria do dia.
Pareço ligeiramente ressaqueada e febril. Nesse estado torpor, não me sinto bem, nem a vontade comigo mesma. Estou a enjoar de mim minuto a minuto...
Cada vez mais distantes, meus pensamentos ajeitam-se às consequências na mais alta esfera do sentimento de culpa. Minhas unhas cravadas na pele, doem menos que a angústia me forçando a prender a respiração. Lágrimas são brutalmente interrompidas...
Rendida pela razão, envolta à mil obrigações, todos os sonhos misteriosamente desaparecem dos planos.

No momento em que uma palavra ou o silêncio é lançado, erguemos ou destruímos uma vida. Junto, se lança amor, respeito, confiança e o que se espera no topo mais alto ou na primeira lixeira. E assim, deixamos o outro nos possuir. E como mais um iludido, apenas seguimos mais forte ou limitado.
Nem me reconheço no espelho, nas fotografias...
Tanta falta fez ter um amor, prá agora amar e nesse amor faltar tudo.
Excêntrica, nada importante, mas é assim que me veem.
E eu, no ápice dos meus sentimentos, questiono o fato de ter a vida marcada por um passado.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

How can I forget your love?

 
 
Os melhores dias foram quando era você, minha primeira e última visão.
Em minhas retinas ficaram gravadas cada jeito de ser feliz, daqueles momentos.
Dei tudo de mim e só quis o que meu coração podia sentir.

As mais belas canções falavam do amor que fazíamos.
A pele arrepiava a cada gesto de carinho que trocávamos na volúpia e ternura de um abraço.
Era tanta vida, que vivíamos da maneira mais urgente.

Hoje, você é só o primeiro e último pensamento do dia.
Não deveria ser tão ruim, se pudesse ser mais que apenas lembranças.
Nos braços ficou a sensação vazia daquele mundo, onde queria para sempre, me achar e me  perder.

Meus olhos que agora só vêem a imagem pela fotografia.
As canções que só tocam profundamente na dor que a saudade carrega.
Distraída, hoje carrego o aspecto dessas pessoas que se habituam a viver de fantasias.



Quando uma música fala, ela merece outra como resposta...
(So when I need you can i send you a sign?)

segunda-feira, 6 de maio de 2013



Onde está o doce dos sonhos?
Dos beijos que adocicavam meus dias?
Será perdidos no céu de outra boca?
Sua jura de amor eterno, era a bússula para não me perder na vida.
Agora, com sua indiferença sou náufraga à deriva.

Onde está seu pensamento essa noite?
Não vê que não encontro terra firme, se não for em teu mundo?
Costumávamos desbravar mares e montanhas, juntos.
Foi assim que descobrimos o amor, lembra?

Porque não sinto mais esses sentimentos em você?
Porque o sentimento que deixou, me causa náuseas?
O que te provoca ardor, alegria, desejos que não procuras mais em mim?
Nem o vento sopra a favor, só vejo ondas pesadas te levarem...

Meu coração parece um mar morto.
Ancorou minha agonia, inundou meus sonhos.
Não tenho mais a força das correntezas para mandar o medo embora.
Não tenho rota prá seguir. Mergulhei fundo e você não estava lá.


Nas profundezas estou. Eu não aprendi a nadar, e agora?
Não sei o que fazer com as mãos, sem ter as suas para segurar.
Onde está você agora? Ocupado demais com o novo, prá remar na minha direção e me salvar?
Onde está a doçura dos seus olhos, enquanto os meus, se afogam nesse mar de lágrimas?

domingo, 7 de abril de 2013

Caixa de entrada...

De repente, apenas emails de notícias...
Propagandas, spans e notícias esporádicas de como você está.
Nunca mais emails fantasias, musiquinhas do dia, nem mesmo aqueles emails bobos de power-point ou aquelas conversas sobre tudo, o efeito borboletinhas no estômago que me arrancavam o riso, o fôlego, suspiros. Nada!
Hoje, o único efeito das poucas linhas que chegam, é o gangorra. Palavras soltas aqui e ali despertam o frio na barriga, brincando apenas com a imaginação.
Entre o alto e baixo, o vácuo me abraça sem a menor graça, de maneira tão morna e ao ponto de ouvir o cri-cri do tempo passar.
Pior que ser frio, é ser morno, sem dúvida. Nem congela o coração e nem esquenta a alma.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

...


A gente acha que, por já ter jogado uma ou duas vezes com a vida, pega experiência. PAPO.

Mais uma virada de cartas. Nova rodada. Uma partida e nem todas as peças do tabuleiro no mesmo lugar. Não posso dizer que não gosto. Mas, também  não direi que tem sido simples. E o que é simples, aos trinta-e-poucos anos?
Então eu volto ao estado inicial, aquele de anos atrás, me sinto uma criança, aprendiz, boba, assustada e frágil.
É o mundo ensinando a gente que ainda não aprendemos e nem vivemos de tudo. A diferença é que somos maiores que outrora, e em nossas cabeças há ainda mais espaço para mais e mais questionamentos sobre o que você quer da vida e o que a v ida quer de você. Quanto mais claro fica para mim a noção do que é certo, mais meus pés apontam para o obscuro caminho do absolutamente desconhecido.
A preguiça física nos impede de mudar. Acumulam-se teias de aranha naqueles cantos da  alma que a gente tem  medo de mexer. Sempre tive medo de mudar a ponto de não me reconhecer em escritos antigos, espelhos empoeirados.
Mas basta uma faísca entre dois neurônios para que nossa mente nos aponte para outra direção. Das duas uma: ou tu segues as novas coordenadas, que te podem  levar por terrenos inóspitos e até mesmo campos minados, ou optas por lutar e permanecer no curso antigo, ignorando a intermitente buzina que te avisa: “Não sou tão forte assim”.


“Coração vazio não bombeia sangue”.
É instintivo dividir sensações, compartilhar momentos, comungar histórias com outras pessoas. O único período em que sentimos dor é o momento em que estamos no vácuo de uma transição da nossa  histórias. A chegada da última página do capítulo parece pesar uma tonelada, às vezes, ela precisa ser virada a qualquer custo, ou precisa só continuar sendo reescrita, e um outro par de mãos sempre pode ajudar nessa tarefa. Com mãos unidas em ação, ombro dispostos e a fé do amor, a dor se dissipa.
Uma roleta – russa, onde um, continua respirando. O outro, rezar, rezar e rezar...

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

IBTY...


Obedecendo a ordem que meu coração me deu de voltar a escrever sem métrica, tempo ou medida, sem melodia, sem ritmo nem rima, aqui e agora, eu volto a borrifar ao vento os sentimentos que não consigo calar. Talvez o nosso momento nunca se repita, talvez o encaixe volte a não acontecer, mas será que o que passou se torna menos significante ao ponto de não ser lembrado?

Marco o dia D da única maneira que posso:

Eu sinto a tua falta.
Eu sinto.
Falta.
Tua.
É tão estranho pensar nessas palavras. Na verdade, pensar não é o problema, mas simplesmente escrevê-las é que fica meio complicado. É como se eu estivesse cometendo algum pecado, falando um palavrão cabeludo quando não devo, ou algo do tipo.
E é tão frio, tão sem sentido o espaço entre nós.

Que estranho!

Subitamente parece que o antes foi perda de tempo. Que esse tempo é o agora.
Uma história em alguns segundos, que por um bom tempo o olhar fica longe, o pensamento disperso e os braços sentindo falta de alguma forma, de algo que estava ali antes, mas que agora torna-se saudoso.
Acho que, embora continue confiando no inesperado - "positivamente" naquele algo a mais - o dia-a-dia não tem sido capaz de suplantar os momentos de felicidade espontânea que tive ao seu lado. São esses momentos vividos e ainda esperados que fazem com que eu acredite, com que eu sonhe e com que eu queira ir em frente.


E quem pode realmente afirmar o que vai acontecer depois deles?

Quem pode dizer que não foi apenas o começo?

Do que? Ninguém também pode saber.

Há pouco estávamos aqui, enxergando um ao outro de uma distância que pode ser medida com os dedos de uma mão. Com as possibilidades que há muito não vejo, estivems juntos sem planos de ir embora. E hoje o que resta é a pergunta: Será que existe algo mais emocional do que optar por ser racional, por medo de "errar novamente"? Erramos?

Agora, distante a ponto de te ver como um minúsculo ponto próximo à curva do horizonte, no meu pensamento só queria, por meia-hora que fosse, me ver diluída no horizonte de uma noite qualquer. E ter o que eu sinto invisível aos teus olhos. Por meia-hora que fosse, te fazer me querer sentir na meia-hora seguinte. Tendo isso em mente, faço o que está ao meu alcance para que esses momentos sejam numerosos, visto que eles jamais são duradouros. Endorfina vicia.

Essa intensidade "indesejada" de sentimentos atribui imenso valor até mesmo ao mais insuspeito dos teus sinais. E isso, às vezes, torna-se tão pesado a ponto me fazer preferir a sensação de ausência de peso inerente à queda à falsa-segurança da terra firme.

Quase sempre eu penso que deveria parar de agir assim.
E eu não paro. Me para?

Enxergo o auge da minha vida como o equilíbrio em uma corda bamba. Qualquer passo descuidado trará o chão para um brusco encontro com a minha face distraída. Não sei o meu próximo passo, mas vivo meus dias e noites em função de fazer com que os meus pés toquem sempre o caminho que eu construí.

Tudo acontecia devagar. Nada mudou: continua tudo mudando a todo minuto.

IBTY.