sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano 12!!!

Ano Novo.
O conceito de um ano novo tem o poder de transformar as pessoas.
É cultivado por objetivos, coragem e desejos de mudanças.
Mas, o importante é que durante a espera por esse marco, todos os sentimentos são dedicados a você e à sua felicidade.
O nosso ano é o nosso tempo. Por isso, os cuidados no dia-a-dia são tão importantes e devem ser encarados de forma especial.
Mais que uma questão de tempo, os 365 dias do ano (ou 366 dias como será esse ano), são uma forma de manter a qualidade de vida. É renovando nosso calendário, fechando e iniciando ciclos que podemos parar, tomar fôlego, repensar erros e acertos, agradecer a Deus e pedir que nos guarde.
Garantir bons sentimentos, refletem nossas atitudes o ano todo.






Eu quero o cair de uma noite, brilhante...
Com luzes atravessando minha escuridão.
Eu quero acordar num novo dia de sol,
e ter o clarão irradiando minha face.
Eu
quero o perfume de um tempo que exale suave,
e que me faça levitar nas asas da esperança.
Eu quero a melodia prá sonhar, despertar, realizar...
Esse canto que não vem dos pássaros, vem de um Ano Novo a nos abraçar!





PS: Registro do 1° dia no ano 12, em Amparo.

    


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Boas Festas!!!


Nesta época auspiciosa em que celebramos o nascimento do menino Jesus, que os corações possam estar em paz!

Na vida de Jesus, a infinitude e a sublimidade da consciência Divina que sustenta o universo, estavam plenamente manifestadas. Entretanto, o que talvez nos seja particularmente tocante é o modo como Ele viveu e esteve entre as pessoas de seu Tempo.
Humildade e compaixão por todas as almas!
Certamente, Ele considerava todos como filhos de Deus e lhe tinha a empatia e a compreensão de alguém que compartilhou as experiências humanas e conhecia as batalhas pelas quais temos que passar aqui na Terra.
Ao enviar à Terra suas almas, Deus confia que em algum momento da evolução seguiremos o exemplo da realização do Cristo, vivendo os preceitos universais que iluminam o coração de maneira que também nós, possamos reconhecer em nossas almas, e expressar em ações, a consciência plena de amor. Essa é a REALIZAÇÃO última.


Em ocasiões espiritualmente auspiciosas, abre-se o chamado "despertar de almas". Eis, a oportunidade para o novo nascimento do poder latente do amor entre o próximo. Eis, a sacralidade do momento - a oportunidade de transformação.

Uma oração em união com a família tem o poder de transformar nossa própria vida e assim abençoar todos aqueles com quem entramos em contato.
Aproveitemos o Natal como um dia reservado para expandirmos a alma na meditação de honra e fé em Deus e em sua consciência Crística universal onipresente em cada átomo que existe.
Abandonamos nossas limitações egoístas na medida que dirigimos nossa solidariedade aos outros. Seja com a ajuda material, seja dispensando nosso tempo ou a nossa atenção e solicitude. Em cada esforço que fazemos prá preservar a gentileza em nosso coração como Jesus o fez, firmamos nosso parentesco com Ele.
E se sentirmos dificuldades, seja para seguir ou perdoar, podemos recorrer à tudo que abarca e que honramos em Jesus Cristo durante o período de Natal.
Que amparados neste simbolismo de celebração à vida e a esperança, possamos nos libertar do confinamento das divisões sociais, nacionais e religiosas. O sentimento do coração, quando é valorizado, rompe suas fronteiras e se compadece de todos como sua própria família. Torna-se impossível excluir quem quer que seja desse amor  fraterno.


Que a consciência expandida e a sabedoria de amar, seja a Divina dádiva deste Natal!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

15 de dezembro.

Às vésperas do verão, uma manhã de fim primaveril por aqui nasce chuvosa e com uma leve preguiça.
Seu céu em tom acinzentado, o chão delicadamente molhado pela garoa fina que cai sem parar, sob uma névoa que esconde o verde da mata à frente.
Passos lentos marcam os sons através da janela.
E os pardais ainda teimam em cantar prá dar graça ao dia.

Um dia aparentemente normal, não fosse por ser a metade do ultimo mês do ano.
Ano de datas significativas, como especialmente a de hoje, 15 de dezembro.
Entre o 14 e o 16, o número 15 reina.  Como em: 1- A felicidade e a dor. 2- O sim e o não. 3- O passado e o futuro. Sendo que, todos tem a magia e tempo como meio.  1-O medo. 2- A escolha. 3- O presente.

Num dia 15 você acorda e tem um filho.
Se descobre apaixonada.
Tem o melhor sexo da vida.
Tem que se despedir...
Faça chuva ou sol, nada muda, assim como, nada nunca mais poderá ser igual!

Uma vida cheia de emoções pode ser muito complexa e desastrosa!
No desastre tem muita felicidade e também muita dor. A chave é não evitar conhecê-las.
Na felicidade você pode vagar e sonhar. Imaginar tudo que você poderia ser e esquecer quem é você atualmente. Ou, ser apenas você e isso ser único!
Na dor você descobre sua verdade, os segredos que você esconde e que, ocasionalmente aparecem prá te lembrar os lugares obscuros que você já esteve e poderá voltar.

Entre a felicidade e a dor, está o medo. O pior lugar de todos.
O medo faz com que você defenda o pouco que tem. E evita que você atinja o que realmente precisa.
Tendo sorte, aparecerá um anjo em sua vida e te resgatará de todos seus medos. Pegará sua mão, deitará ao seu lado e te dirá: - respire! E te ensinará o cheiro de uma nuvem.
Há quem encontre esse anjo e o leve dentro de si.
Há quem o sinta e carregue seu peso nas costas.
Há quem apenas quer ao lado, voar livre. Mesmo que se vá longe.

Pois, não há asas que voe tão longe que o sentimento não alcance.
Não há a promessa de um beijo que não guie a volta ao paraíso.
Não há dezembro que não retorne...

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

De tão desconhecido...


Sentia-se confusa.
Diante da visão de tantos mistérios, pois por tais o tomou, foi levada por um estado de fraqueza...
É que seus olhos tinham se acostumado, por muito tempo, às convicções ora mostruosas e torturantes, agora deixadas prá trás. Assim, deu-se como bebida curtida que faz reanimar e como um veneno lento que faz deitar à sua própria cama.
Dorme algumas horas, mas continuamente pertubada por seus sonhos sobre um lugar, alguém e as certezas que lhe escaparam.
Suplica pela paciência de entender sua história, na estrada observando sua pequenez. Receando que fosse uma rocha, se vê sacudida como nunca.
Abre seu coração e enxerga sua pequena coleção de raridades queimando com gasolina a solidão. Nessa repetição, quando pensamento vira sentimento e sentimento vira pensamento.
Em pouco tempo, voltará a se entender bem, diz a si mesma. Desafio pretensioso. Presa no instinto e cega da razão.
Não deveria voltar àquele passo nunca mais. Contudo, seu destino (in)feliz dispusera as coisas de tal modo, que ninguém poderá impedi-la disso.
Vai até onde der. Onde ninguém mais iria a pé, nua e crua, até alcançar o sétimo céu, na linha tênue entre a ética empoeirada e a paixão que floresce indecorosa.
Decifrando a cena de amar, distrai. E a lágrima que alonga a aurora do tempo, enquanto o tempo não passa. Desperta.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Illusion-Delusion

 Entrou na minha vida tão rápido, como um raio que corta o céu e o chão, é o deslumbramento.
 Quando o conheci vivi os dias mais saborosos. Tudo tornou-se tão abundante.
 Os dias passavam suaves como os cantos dos pássaros, e as noites sentia a paixão nos invadir.
 Quando podemos parar, não queremos. E isto torna-se um dos mais profundos segredos do êxtase. E cresce o mais alto que a alma pode alcançar e a mente pode esconder.
 Carrego seu coração dentro do meu. Desde que descobrimos a 'cola' que grudou tudo num lugar perfeito, onde não há nada a nosso favor, mas tudo se completa.
 Sempre fiz tudo com a melhor das intenções. Mas, coisas acontecem e vão passando, e tudo é tão mais confuso quando se está apaixonado. Agora que é preciso parar, eu não consigo. Mas, não importa mais minha necessidade, meus desejos.
 Pois, anjos de tempestades descem e soam seus trovões dando a sentença. Me afogando na chuva que não cessam em meus olhos, fazendo lama na minha alegria. Esmagada pelo ar que me falta no peito. Formou-se os ventos que levaram o riso farto...
 Olho minhas mãos trêmulas. Sinto abstinência de você, sequelas do vício da felicidade de te amar.
 Nem é ruim o tempo de esperar. Por outro lado, a ansiedade que resta, é um trabalho em tempo integral.
 Temos o livre arbítrio, e temos também a predestinação. Ou, simplesmente, não acertamos o que escolher??
 Mas, se um dia, houver uma segunda chance, vou me lembrar de como ela pode ser tênue e única.

sábado, 19 de novembro de 2011

Estarei sempre aqui.


 Engraçado, você não disse adeus, nem nada assim. Você só vai ali. Ali, bem longe...
 E por que parece que o espaço vazio que vai ficar no lugar do seu sorriso, é tão cruel?
 E por que quanto mais você fica distante, mais te sinto aqui??
 Mesmo que seja só tua falta, eu te sinto tanto...

 Sempre fui tão certa de mim. E agora tô nesse estado de não-saber.
 Quando a gente é capaz de ver o reflexo do espelho de nossa própria alma e, descobre que ela não está mais encoberta pela poeira dos certezudos, isso é sabedoria??
 Ou é somente a pureza ou inocência do coração??
 Olho prá lua como um poeta. Ela se esconde atrás de uma nuvem negra. Olho o céu como um louco, só vejo a vastidão dos mistérios...
 Dois caminhos, e um questionamento. Um caminho errado que te afasta cada vez mais. O outro, é não questionar. Esquecer o ponto de interrogação e deixar ser como é.

 Se não existe futuro, prá que carregar o sentimento que o passado proporcionou?
 Trata-se de um fardo que acabará com o prazer da jornada?? Ou o fato que tornará a jornada de prazer??
 De nenhum lugar, para lugar nenhum. Entre esses dois pontos, estou, aqui e agora.
 Tudo de dentro prá fora. E se tudo que tenho está lá fora, isso forma um contraste??
 Sinto minha mente enlouquecida e falante e, de nada ela sabe. Meu coração que sente saber tudo, não sabe falar.
 Cada parte em mim, se separada, é como o nada. Unindo coração e mente, é deixar de ser parte e tornar-me um todo.
 Talvez seja o mais belo dos momentos esse, quando misturados de razão e emoção, deixa de existir também as certezas e a confusão.

 É, o amor sabe como explorar o desconhecido. Troca quantidade por qualidade. Permanente por momentâneo, sem deixar de ser eterno.
 O amor nos faz corajosos prá enfrentar a realidade e descobrir que o amor não é um relacionamento. O amor é relacionar-se.
 Como um rio, fluente, sem fim. O amor não sabe o que é ponto final. É um verbo, e não um substantivo.

 Capaz de ir de um extremo a outro - às vezes profundamente enraizado na terra e às vezes voando alto no céu. Às vezes fazendo amor.
 Mas, se aos poucos, o seu céu e a sua terra ficarem cada vez mais próximos da linha imaginária do amor, lembre-se: eu posso ser o horizonte prá eles se encontrarem.
 Como a vida que não pode ser possuída, nem segurada. Mas, para alcançá-la basta estender as mãos. Estarei sempre aqui.

domingo, 13 de novembro de 2011

Manhãzando...

 Universo onírico.
 Universo do meu mundo de sonhos lúcidos.
 Uma pessoa sem amor, sem história e sem sintomas, é uma pessoa sem alma.

 Por isso sou vestida de uma carne que sangra minha doçura.
 E com olhar de quem precisa viver as desventuras amorosas com mais resignação.
 Observo e sinto como as páginas da vida viram.
 Mas as páginas do meu coração costumam ficar grudadas umas nas outras. E para abri-las é preciso rasgá-las.
 Fragmentos e lembranças de um mundo submerso em um mar de histórias.
 Esvazio a memória do meu tempo. Costurando todos os tempos com o passado e a memória viva, em minhas versões.

 Um dia quis desapegar-me desses sentimentos que naufragam profundo. Meu maior temor era pelos meus olhos que se desfazem no infinito da saudade.
 Para isso prendi todos os ganchos e, segurando os nós, comecei a puxar. Contudo, não adiantou de nada minha força, pois estão todos presos por âncoras.
 Não pela fraqueza, mas com toda tristeza, estou à deriva, em direção ao nada. Navegando, indo...
 Não existe um cálculo a nada. Não existe rumo nesse mar de emoções. Existe apenas a paixão. Sou muito ávida de paixão.
 Manhãzando todos os dias, acordo e me apaixono pela vida. Olho frequentemente minha imagem no espelho para acostumar-me, com o tempo.
 Conto as mesmas histórias pro meu ser, tantas vezes lidas, em dias de sol ou de tempestades, com a mesma graça.
 Retorno à minha meditação, percepções e processos diários de orientação e identificação de mim. E na presença de meus confidentes, não posso deixar de jurar, amor eterno!
 Deixo assim meu lugar de exílio, e o resto, o destino para decidir.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O espaço entre o Sim e o Não.

 Matando a sede com saliva - como nunca antes -não paro de lembrar quando abraçou- me a cintura pela primeira vez, e de tão perto, assustados, trocamos um beijo de parar o mundo, calando todo sentimento que gritava, fazendo gritar todas as vontades presentes.

 Desafios??  Quis todos!
 Medo??  Ultrapassamos todos, no momento em que me carregaste no teu colo, e meus pés não alcançaram mais o chão – enquanto você fechava a porta ainda semi-aberta - eu, cercada ao seu pescoço e minha boca mergulhada na sua. Agora sim, trancados em um mundo com entrada proibida para qualquer um além de nós.

 Estendemos a noite com coca-cola e gelo. Tu querias Pepsi, mas não tinha – não me acostumo com essa sua preferência – Mas admirava-o atônita. O mesmo jeito, as mesmas manias que me faziam imaginar. As mãos sempre ao cabelo, os olhos negros dançantes ao piscar, ah! E um sorriso impresso. Conversamos sobre a vida, sobre a minha, a tua, sobre isso e aquilo, desconexo!!
 Era impressionante como tu te transformavas. De carinhoso a belo e depois a interessantíssimo. E não era pelo fato de aumentarem as doses no meu organismo. Afinal, eram doses de glicose (refrigerantes).

  Partimos, entre beijos e alguns tropeços sem objetarmos. Só queríamos regressar ao ponto de partida. Andávamos em direção ao nosso recôndito, e apenas sorríamos. Com estrelas nos olhos me fez tua. E por várias vezes numa mesma noite, também me fostes. Adorável!!! Encantada. A luz da rua refletia teu rosto de mil maneiras. Observei-o longo tempo, ao ponto de fotografá-lo na minha memória. Adormecemos.

 Não  há palavras para descrever aquela manhã que foi nossa. Roubastes meu coração - de novo - e depois o botastes no lugar. Sempre esbarrando no afeto, e ainda me situando entre o sonho e a realidade, eu destoava  e me fazia multicor em segundos. Era fato. – me sorrias angelicamente mau. Malicioso. Eu te sorria igual, sem precisar das palavras, e nunca perdendo o contato com seus olhos.

 Fazendo ‘amor’ percorríamos as trilhas, uma alma tocando a outra, desvendando-nos cada vez mais, profundo. Penetrando nos escondidos cada vez mais, sem pressa, com delicadeza - inda que voraz - despertando no corpo cada uma de suas funções. Naquele abraço nascíamos de novo. Aquele abraço apertado, sem sufocamentos. Valia chorar, gemer, gritar... Qualquer som parecia tão melódico. Fazia-se o êxtase! Era instante de paz. Pois não era só mais um corpo no outro, misturados de desejos insossos, sem zelo ou com composturas demais, desrespeitando a arte que é amar e ser amado. Mas, sim, atendemos exclusivamente ao significado do que se julga fazer amor. Nos  entregamos, tocados nas levezas, quando nossos corpos se ajustaram no milagre do encontro. Para  que  fizéssemos  sentido, na sintonia e no sincronismo, como um ballet.

 Tenho que ressaltar - por nenhum momento -  desde que invadiste meu ser – eu me importei  com o que trajava, se estavas bem ou mau vestido. Só me importava que viesse com a alma despida e desapegada. E eu? – estava te amando. Tampouco, quis exigir nada. Nem quis parecer relutante. Mas acho que fui um tanto atrevida. Explicável. É que te queria com as esperanças soltas, sem esperar pelo certo ou errado. Estava de coração limpo, e o corpo lambuzado de tesão. Só queria desatar meus nós com tuas mãos entrelaçadas nas minhas e agarrar o que fez- se, só prá mim. E não me importei naquele instante se iria doer, se achariam bonito ou feio. Era meu. Eu só queria – porque juntos, parecíamos um só.

 E nesse jeito pleno de me fazer menina - mulher. Deixei a imaginação e seus clichês, frouxos. Leve. Me fiz cama-leoa. Feliz!  Te tocando não mais em sonhos. Tão quente, pulsante. Real. Doce. Docíssimo. Nossas risadas marcantes, transbordavam carinho e desejos  pelos poros. Gosto, cheiro de paixão, ou qualquer outro dos cinco sentidos. E na arte de semear palavras, tocou-me e despertou meus suspiros, carregando a linha do pouco tempo com verdades inventadas.

 Tão homem. Tão menino. Tão meu!!! Uma inocência que fugia pelas entrelinhas. Tua pele jambo, mãos cuidadosas, e seus dedos suaves que desenhavam asinhas nas minhas costas. Gritando em silêncio tudo o que a cabeça não parava de pensar. Me calando diversas vezes com suas palavras. Dividimos. Compartilhamos. Tão apaixonante e apaixonados – cativo. É isso. Minha admiração e um segredo confesso: - Que as vezes que te assustei com meu silêncio, foi prá me esconder da razão, enquanto me mostrava prá felicidade, seguindo contigo de mãos dadas neste ritmo. Brincando, preferindo emoção do que o medo de desiludir.

 Coisa chata era a hora da ‘tal’ sinceridade. Sem te dar sossego, prá deixar minha mente em paz, e não vou  mentir, tudo que faço ou falo é porque sou capaz de não ser sempre a ‘dona’ verdade. Mas, o que mais gostava nisso, era poder ver as loucuras escondidas e acuadas no seu olhar. Tanta coisa acumulada. Querendo um vão prá se esconder, e eu te fazendo caber certinho no meu abraço.  E assim, fiz melodia ao ‘pé-do-ouvido'. Se emocionando, pude ver o quanto você é feito de sonhos. Trancado por dentro, se guardando em segredos, um porão  fechado no peito.

 Mas prá que abrir todas as portas, não é?! Fiz ninho na quietude do seu abraço. A calmaria da madrugada fez a mudez que eu precisava prá  saber o barulho que o coração faz quando cansa de acelerar. Me apeguei apenas ao tun tun do seu coração. Cuidava de você. Ou eu que precisava de você prá cuidar de mim?? Sei lá, cuidamos!! Entre o toque e o abraço. Apenas algumas lágrimas.

 Com tempo indeterminado prá quanto amar, e com hora marcada prá despedida. Demos banho na alma. Nem víamos mais o superficial dos corpos. Ele não nos prendia. O que nos fascinava mesmo era ver por trás das retinas. Já que agora a nossa conexão era baseada em significados. E entre uma coisa e outra, uma ou duas taças de vinho. Brindamos!!! O encerramento ou o começo de um novo ciclo?

 Nos roubamos um pro outro. Nos atrasamos. Mas era hora de ir embora. Perdemos o compasso com a rotina. Queria morrer no recorde da velocidade, com que tomastes minha vida prá você.  Queria não ver aquela estrada que se estendia como uma cortina negra. Coração espremido, pequenino, que sentias toda vez que apertava suas mãos e resmungava qualquer devaneio. Escurecia um mundinho de céu tão azul, de geografia, história e matemática que só nós sabemos entender. Uma lua que fora nossa cúmplice, nas penumbras  das noites, ao atravessar pela fresta da janela. Testemunha oculta de um amor explícito. Voltaria a ser minha companhia nas madrugadas insones.  

 De novo, meus pés sairiam do chão, agora alçaria vôo nas asas da incerteza, e mesmo com tantos quereres, a dúvida de dizer: - Volte logo! – e ouvir - não volto mais!
 E eu? Já sentindo falta, o vi voltar a passos largos e com os mesmos receios e anseios, selamos no susto um beijo. Um beijo com gosto de quero - mais. E foi ao ter que soltar sua mão que percebi: Quando o coração pede, a mente só pode sucumbir. E fui, querendo ficar. Ou vim, e te trouxe comigo. Tanto faz... Ainda não aprendi dizer adeus!!!


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Refém do seu afeto...

 Minha leitura está em pausa.
 Meu olhar atravessa a janela, alaranjada pelo pôr-do-sol.
 O vento que repousa no parapeito traz consigo a carícia do silêncio.
 Vejo paisagens incríveis, só não ouço do que elas falam.
 Em estado de surdez, tomada pela nostalgia, as vozes tornam-se murmúrios nas calçadas.
 As horas se fazem fugitivas, e o tempo parece ancorado nos meus pensamentos.
 Olhos no horizonte, imersos à minha imaginação já em câmera lenta.
 Você em meus braços e o mundo inteiro desaparece. Uma música toca para dois. Tão próximos... Tão próxima, enquanto estou assim tão próxima de me sentir viva, e a vida passa...
 Esses mesmos insigths românticos me fazem viver e morrer.
 Nunca soube que a espera fosse tão presente. Quase acreditando que não é faz de conta. Sinto você ao meu lado. Posso ver onde chegamos, juntos. Tão longe e tão perto. Eu só não queria perdê-lo agora.
 Me debruço sobre a janela. Sinto o seu corpo. Sem seu calor, sem o cheiro e sabor, reclamo baixinho. Deixo cair uma lágrima feito gota de chuva.  Não! Eu não sou uma vítima e nem carrego karmas por gosto à dor.  Mas sinto que corro em círculos, e como numa espiral, volto sempre prá dento de mim. Vivendo às voltas enquanto sou só lembranças, abraçada a um latente passado.
 Refém do seu afeto. Aposto na saudade mais íntima prá te prender num apertado chamego de amor. Procurando espaço e me ajeitando prá sermos só um.  De intenção, inicial, apenas recostamos sobre a cabeceira  de alguma cama. Guardo meus pés entre suas coxas. Repouso minha mão no seu peito. E deixo minha alma sorver de tua essência, onde o tempo não existe e não me deixa só, com meu desejo num fim de tarde.
 Acordo do meu delírio. De repente se fez noite. Fecho a janela, ainda sem saber o que digo prá mim, quando for me deitar e tentar me acostumar a não ter mais você, e buscar suas mãos até o amanhecer. E acordar sozinha com o coração batendo forte no meu seio!
  

domingo, 30 de outubro de 2011

Força!!!

É sempre em doses certas e precisa.
Às vezes  tem rosto suave. Às vezes transparece de uma tristeza.
Surge com um sorriso. Um abraço. Às vezes basta só um olhar.
Se move como  o vento. Nos transforma em mágicos. Luz única. Irradia.
Ajuda tornar sonhos reais. Te guia nas veredas com verdade.
Diminui dia-a-dia dores ocultas. Faz ver que a dor não é eterna. Fica pequena. Passa.
Tudo muda. Renova e volta a sorrir.
É sempre assim. Se necessária, colore com as próprias mãos.
Ampara. Carrega. E com apenas um suspiro suave, se faz descanso.
É sempre assim, quem tem ou busca a FORÇA interior.
Mesmo sendo um sentimento imperceptível  ao reconhecimento.
É um bem que transborda o ser. Renasce. Reinventa. Protege.
Sei que te encontrarei em mim, enquanto meu coração bater.



Se te criticam quando mais precisa. Força!!
Os que te condenam, julgam e oferecem palavras míseras e sentem-se incomodados com suas vitórias, apenas não são capazes de terem a mesma luz e força. Pobres de espírito, te invejam!!!
Por mim, vibrações positivas, e votos de melhoras!!!

Um sincero desejo ao GRANDE HOMEM DO POVO que eu admiro e respeito!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Metade inteira.


 Prá que fugir do que não quer calar ?? Escrevo enquanto  penso, isso me completa!!
 Vou ficando assim, um pouco remexida, sublinhada, revelada. Mas é mágico ouvir a própria voz na ponta dos dedos.  Vou me vestindo de tudo que sou e posso ser sem medo do modismo. Na xícara de café, um gole de cala a boca, inspirando  seu aroma, apenas sinto que preciso de mim, tanto quanto você me falta.
 Coração que  sente, cabeça que não esquece. E nesse diálogo de feras, surge uma discussão prá me fazer reconhecer, que se resisto,  o coração resseca, e os olhos endurecem.  Enquanto a mente tenta mudar alguém ou a mim mesma.
Prá que fingir ser uma metade inteira?? Olho bem fundo, no espelho da minha alma, vou me permitindo...
 Tão mais bonita fico sem máscaras, tão mais sutil, mesmo quando sou feita de pensamento provisório. Só preciso é tentar. Pode ser tão bom, te ver numa fragrância trazida pela brisa da saudade, sem me esquecer o quanto me sinto finalmente bem comigo mesma.
 Porque prefiro te deixar perdido, podendo ir e vir quando e onde quiser, enfim.
 Do que ficar moldando sua risada colorida, que às vezes parece te quebrar ao meio, distorcendo sua beleza. Só prá esconder no ego, o medo de te perder.
 Quero segurar apenas as nossas canções favoritas, pois ninguém me deixa sem voz na garganta. Mesmo que eu berre a dor do coração , quando bater a porta. Não sirvo e não quero ser espaço dentro de ninguém. Prefiro muito mais não caber dento de mim.
 Isso é o simples fato de sermos tanto um pro outro. Que quando falta, ou sobra, faz-se incondicional.
 Era  incrível quando no meu abraço podia ficar, sentindo meus braços, não querendo que os seus partissem...
 E hoje quem me dá as mãos é a verdade. Chega ser cruel ter que andar assim com ela.
 Mas eu preciso insistir num caminho onde você não passe, para que você vá e exista!
 Toda derretida, meu sorriso ficará tão largo de orgulho. E eu estarei em paz, por me bastar.
 Mas se um dia sentir vontade de chegar mais perto do que há entre nós. Volte!
 E se você quiser vir me buscar, estarei bem aqui onde você deixou. Dentro de mim!
 Sem ser pela metade, sem esperar demais. Mas sempre com a porção mágica no coração, de ser, sobretudo, o nosso melhor. Porque isso tudo, no fundo, é  amor, mesmo que mude!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

O poeta, o copo e eu.



 Certa  vez conheci  um poeta.
 Estava triste,  arrastava-se em correntes.
 Suas dúvidas e inspirações  tinham um nome...
 Numa noite o poeta me disse que quando adentrou o mundo dos  ‘loucos de amor’,  as únicas coisas que ouvia eram:  que abrisse mão de seu amor platônico. Que aquele era um amor impossível. Fictício.
 Seu único estímulo era prá que encontrasse alguém, ou alguém a mais...
 Muitas vezes ouvia calado. Era recatado. Não entendia.
 Já descontrolado, desesperado, ele resolveu buscar apoio. Passou então se distrair com seus amigos, bebendo, cantando e chorando de bar em bar.
 Palavras lindas, possuidora de corpos encontrara na sua jornada, e  por míseros  segundos  lhe faziam esquecer  sua amada.
 Mas sua saudade não passava. Ninguém preenchia  como ela o espaço do seu âmago. Ela com seu brilho incomum, quando se enchia de cores,  se fazendo enfeite, lhe roubavam o fôlego, disparava  suspiros, e o revolvia de um ciúme que chegava  ante o dramático efeito  de suas fases.  Eram feitos um para o outro.  Acreditava o poeta! Ele lutara pelo direito a esse  estranho amor.
 Os dias passavam, e nas manhãs ele apenas soltava um tímido e ligeiro sorriso de canto de boca, e como quem procura o ar dentro dos pulmões, ele procurava pela chance de tê-la, e enchia-se  do otimismo de que chances  são sempre chances, ainda que pequenas. Ela cada vez mais condizente, naquele  silêncio consentia seus sentimentos,  sem esbravejar,  só distante, sempre distante.
 Cego, obstinado por aquele amor, toda sua esperança derramava-se  em angústia nas noites em que sua amada não aparecia. Com esse sentimento cada vez mais forte,  sua fuga era sempre atrás daquele copo.
 Era ela que ele queria. Era dela que ele precisava.
 Mas sem forças entregava-se, doses e mais doses chamando por seu nome...
 Quando, já embriagado, transformado, e sem respostas,  dizia absurdos prá esquecer do mundo. Depois em palavras chorava  e criticava a si próprio por ter tomado o primeiro copo.
 Vivia seus dois crimes  em liberdade, mas enclausurado  na prisão de suas fraquezas.
 Perdido, vagando na sarjeta da vida, seus sonhos agora se desmanchavam, antes mesmo de acontecer em seus poemas, trovas, crônicas...
 E sua mente em rendição, entre soluços e palavras, confessou-me como se sentia:

“-  Vou só. Por essa estrada em busca de alguém. A chuva fina que cai. O frio da madrugada que vem. E ao meu encontro, não encontro ninguém.
     Grito alto na calada da noite, em vão só escuto ecos no espaço.  O silêncio dói no meu peito.  Pois nunca a terei em meus braços. A minha amada. A lua.”


domingo, 23 de outubro de 2011

Hold me!


Eu já disse que meu coração é uma maria-mole fora da geladeira. E nunca pintei meus defeitos e qualidades, nem menti sobre a ironia extravagante que borda meus dias. Eu te disse: Só quero ser eu mesma com você - não faço conta de agradar - faço questão de me entregar, sempre!
Mas você sabia que por mais que eu tente ser uma garota forte, falho sempre?? É que dentro dos meus olhos sempre sobram emoções e jorram rios de lágrimas. Ah baby, eu nunca quis ser a mulher maravilha, nem de longe sonhei em me tornar de aço. Mas por trás dessa minha capa de má, existe ainda uma mocinha desprotegida pedindo colo.
Me abraça, por favor, me abraça forte. Assim posso ficar presa em teus braços, como já estou dentro desse teu peito. Congela tua imagem de anjo em minhas pupilas. Deixa que o céu eu pinto com glítter e traço caminhos com nuvens em forma de letras.
É tarde baby, sim eu sei!! Já passam das 04:00 da manhã. Mas me deixa beber tua fala junto com toddynho gelado. Prometo digerir o açúcar lentamente, junto com teu beijo um pedaço de bombom, amor.
Dá febre amar assim, sabia?? Esse amor regado à sonhos, desejo torpes e borboletas que passeiam pelo estômago. .
Sejamos sinceros, baby. Aqui dentro tem um coração que salta feito canguru quando você chega perto. Tua risada é a mais bonita do mundo. Sim, eu me embebedo da tua alegria, e disfarço quando tú cisma em querer impor normas nesse meu mundinho sob vistas cor de mel. Eu queria enfeitar o clarão das manhãs com tuas mãos entre as minhas, igualzinho quando demos sentido a isso “fazendo amor”. Eu não quero ser garota do comercial de margarina. Aqui na minha boca, todo sorriso que brota é tão verdadeiro quanto as lágrimas que não disfarço. Eu quero mais é ter lindas tardes, lindos sonhos e sentir a vida latejando no peito, como quem grita para o mundo todo ouvir. VOCÊ ME FAZ TÂO BEM!!!  
Quero cinema, pipoca, cafuné, cócegas, abraços, beijos, fritas duvidosas, coca-cola com gelo e limão alucinógeno, quero o inteiro com você na quietude do abraço. E quando eu não durmo, é porque eu tenho medo do escuro, baby. Mas com você eu fechei os olhos. E fui aquela menina boba, com cara de boneca de pano, que te olhou de um jeito tenso. É que quando teus olhos pousaram nos meus, causaram estranheza dentro dessa bagunça interna. Mãos trêmulas. Era tanta bagagem prá deixar fora dali. Mas quando nos tocamos, juntos, tinha nas mãos apenas a certeza de ser o único lugar do mundo onde desejava estar, prá tua fantasia encostar na minha e selarmos nossa sina.
Deixa eu ficar colada em teu corpo garoto. Essa semi-felicidade nunca me agradou. Eu quero sentir as verdadeiras ciladas que o destino me preparou. Coloque uma música, viaje comigo, aqui de perto, parece tão real.
Te concedo outra dança e te admiro mais uma vez e repito em silêncio, que o amor é você. E não tem ninguém que dê jeito nisso. Não existem palavras certas para essa desordem romântica em meu peito, que embaralha minha língua. É você e ponto.
Agora mais uma vez me abraça, dança comigo, existem sonhos grudados no teto, as estrelas imaginárias piscam em nossa direção. Ainda não encontro palavras pra dizer, gritar, exclamar, mas sei que é amor, eu sei, você sabe e isso está além do que se vê.
Está nesse sentir desajustado gritando, querendo, precisando mais, pedindo prá você ficar. E fique prá sempre, morando debaixo desse guarda-chuva de carinho, no conforto do peito, junto do meio termo da palavra amor e de um abraço que preenche qualquer vazio.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Durma bem...


Durma bem amor.
Aqui o vento forte e frio deixa uma sensação de fuga. Olho para tua escrita pregada nas linhas imaginárias daquela conversa e releio palavra por palavra. O espaço entre as frases esboçam lembranças suas, minhas!
Invento uma alergia qualquer e me deito sobre o travesseiro gelado. Faço de conta, que amanhã poderei abrir a janela e respirar as mesmas alegrias de um ontem não acabado.
Sei que estás aí a pensar. Tú passeias em um caminho longo. Mas aqui em minha memória estás perto de alcançar meus sonhos.
Hoje não vi as estrelas antes de estar aqui tentando encontrar-me com o sono. Será que o céu de Rivera as roubou todas, só prá você? Alguma delas falou sobre nós? O vento continua forte, ar seco, nessa primavera que só se faz até às 17:00 horas, como quando aquele termômetro descaradamente mostrava 24 graus, e fazia frio. Parece que a vida vai despedaçando cada nuvem que derreteu no céu em noites que, mesmo com o frio, fez quentinho aqui no coração, e grudava teu corpo suado sobre mim.
E hoje amor? Hoje eu só quero que durmas bem.
Deita teu rosto sobre o beijo da pequena lua e entrega tua espera.
Quando sentir o silêncio agradando tua alma. Fique quietinho. Um destino só é inteiro quando é apreciado com devoção. Toca de novo prá tua saudade em pensamento a nossa música, e dedica teus versos a este amor insano. Porque por aqui, vai demorar amor. Aqui a noite e a saudade não passam...
Essa ausência vai acordar junto comigo e deitará ao meu lado todas as noites deste fim de semana. Tua imagem voltando prá mim será meu esconderijo de fé. Acredito. Ainda andaremos juntos.
E se o cenário hoje é de uma noite escura e fria. Dentro, o peito está carregado e em chamas. Tá tudo guardado comigo. Agora durma bem meu amor.
Hoje a lua é minguante. Mas logo, em outra noite estaremos crescendo com ela.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nada sendo dito...


Não há roteiro novo.
Há coisas que mais vale deixar como está.
Tenho estado catatônica, observando o passar das horas.
Aceitando o exercício de não pensar em mais nada. Respiro leve, com as mãos cheias de papéis e nada, nada a declarar!
Verdadeira página em branco. Oscilando nesse jogo intenso entre amor, dor e rimas escritas...
Deixando de existir nesse mundo, para persistir nessa nossa história de sonhos.
Agora tudo em pausa na minha mente. Não há reação!
Diante da possibilidade de se tornar real, minha fonte de inspiração calam palavras e faz gritar alto o silêncio por todos esses dias. Me movendo apenas com a facilidade dos sonhos e percorrendo as esquinas do medo.
Com medo de me calar  e as palavras acabarem morrendo em meus lábios, esfarinhando-se em sopros, decidi que tinha que escrever. Mas não quero ser autora de um roteiro bobo.
As palavras que outrora sempre me definiram, não me completam agora.
E eu, só consigo pensar em sentir... Tão apressada em sentir, não tenho conseguido transpor em página  alguma, e pela primeira vez há dias tento descrever como  me sinto.
Eis que encontro o pior e o melhor de mim, em compasso de espera.
Nesse ritmo tenho adorado com suavidade  até o cotidiano que se expressa de forma tão mais bela.
Por apenas você!
Por apenas você, que anseio derramando-se em mim, neste momento em que mente e coração  nas mãos silenciam. E nada sendo dito, tudo foi...dito!!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Querido diário...



 Hoje  fui no mercado de sonhos. Precisava de mais reservas de emoções prá encarar as aventuras desse meu pequeno mundo de planos. Passeei pelos corredores que ninguém vê. Mas sentem! Eu sei que sentem!
 Comprei mais neurônios visuais, palavras táteis. É que eu tenho andado à flor da pele, pelas nuvens contando as frações de segundos que me fazem passar horas distraída e apaixonada.
  Andei tão dolorida, que aproveitei prá comprar um pouco de esperança e tempo. É que meu aconchego se deita melhor com a sincronicidade. Não nego!

Ah, querido diário. São tantos segredos na estante da minha vida. Uma pandora e sua caixa...

 Outro dia não segui meu coração, retalhando o que sou. A falta de sonhos me deu fraqueza, passei mal! Vivendo e aprendendo no limite das palavras, querendo bem-me-quer. Chorei. De tanto chorar parei prá ver, ouvir. Senti borboletas no estômago. De mim para eu mesma, amoleci todos os meus planos por um beijo. Ainda sofri da sindrome da tagarelice aguda. Quase desisti. Affe que bagunça interna!! Decidi pela oferta de afetos, de amor. Ainda que com prazo de validade.
 Ausência ou excesso de sentimento???

 É isso diário. No silêncio dessas entrelinhas, me descubro cada vez mais. Lua e suas fases.
 Sopro brisa, faço tempestades. Que mingua, se enche, renova e cresce.
 E nessa loucura, gosto da rotina a dois. Da solidão a dois. Sou três, me sentindo quatro.
 Vou me abrindo aqui e encontrando lápis de cor de olhos prá olhar dentro e colorir. E alguma coisa a mais prá te ler...

 Comi jujuba prá ficar doce, enjoativa talvez. Melhor que o azedume que contaminou minha alma metamórfica, enquanto buscava preencher o vazio da inexistência.
 Estou amante de universos paralelos. Doces deletérios, tão longe, tão longe que alcanço o fim do mundo, nesses meros devaneios e impulsos de mim.

 Sedenta de tanto lhe falar, querido diário. Bebo da luz do sol nesse fim de tarde e me despeço.
 Logo me faço lua no céu. Se me acompanhar vai me ver andando, divagando caprichos, transbordando todos os sentidos. Cantando canções por aí. Agora vou subir e ficar no telhado. Que de lá é de graça, meus sonhos entrelaçados.

"Cansei de inventar moda."
 PS:  I LS2VE YOU, na dose certa!

Ainda bem...

 Atravessamos todos os meses atrás. Setembro que já teve gosto de fim prá mim. Hoje me faz ir dormir feliz, esperançosa, como as flores que esperaram a primavera prá desabrocharem...

"Apenas venha comigo, que no caminho te explico!"
    (pesamentoquenaosaidaminhacabeça)
 Não lembro ao certo em que dia o conheci (mentira, sei que foi em um sábado de fevereiro) meio ao acaso, mas lembro bem  do horário : 6 da tarde. E uma nova contagem de tempo passou a reger a minha vida e os períodos determinados desse novo eu foram chegando. O primeiro ciclo de 24 horas com ele já promoveu mudanças em mim, mudanças essas que negarei até a morte ou até a primeira vez que beijá-lo, o que vier primeiro. Com uma semana de convivência eu era capaz de catalogar 26 caretas nossas, 8 tipos diferentes de risadas minhas e 5 entonações da sua voz que simplesmente MUDA. Ao final do primeiro mês já tinha decorado as músicas que ele mais gostava e todas compartilhamos, o tom da sua pele jambo e da farda cor de musgo. Minhas faces rubras febris disparava uma respiração de só notar decote e reparar no comprimento dos vestidos (em especial do azul com flores bem pequenas, seu preferido). Hoje, quase oito meses depois daquele sábado de fevereiro, o tenho tatuado na retina, no espírito e nas palavras que ainda não tive coragem de dizer. Em todos esses meses me viu brigar, brincar. O vi bater o pé defendendo com afinco suas opiniões, usar sua inteligência como arma mortal e também o vi chorar de raiva, de alegria e de amor, por mim algumas vezes, claramente. Assim como odeio quem o faz sofrer, acabo tendo apreço por quem o inspira, porque quando ele não brilha, eu nublo. E sigo sendo ele antes de ser qualquer coisa parecida comigo. E esse moço me leva pela mão ao inferno e me faz tocar o céu no momento seguinte sem desconfiar que está completamente inserido no meu cotidiano. E ele me dói, sobretudo às 6 da tarde. Sofro tua falta toda noite. E de tanta vontade, assim te perdôo por fazeres eu ainda pensar em nós. Sobra tua ausência.

 Mas enfim, te proponho mudar o foco. Desviar a trajetória. Te dou a última chance prá me evitar. Aproveita e foge! Depois será tarde demais, e não vou acreditar que não sabia do sério risco que corre de ficar preso no meu olhar !!

      W B T U / Video by: R.E.M. Thanks!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Tomando NOTA!


          Sei lá, sabe???
 Vontade de nada. Saudade de antes.
 Ansiedade do daqui a pouco...
 Queria encarar seus olhos e dizer à verdade, que eu quero é: Colo. 




Contaram prá minha amiga Cá que a felicidade é grátis. Ela me contou que duvidou. Eu também duvidei!! A minha felicidade tinha um preço muito alto, não deu pra pagar.

Alguém por favor manda minha mente CALAR A BOCA, que eu quero ficar à sós com o silêncio GRITANTE na minha alma?!?!!



Quem foi que disse mesmo, que sorrir é o melhor remédio?? Ok! Aqui estou a esticar os músculos da face  e forçar um sorriso...
..Algumas horas se passaram, ja dou até gargalhada trêmula não sei se de nervoso ou de frio. Mas junto estou a saborear o gosto das lágrima, e essa dor no peito...Esse corte faz meu coração sangrar, teimando em escorrer pelos olhos...#issodóiporra!!



 

Quando conhecemos alguém que nos invade o ser, e passa à ser nós: Relacionamento seja ele qual for.
Nós mudamos. Abdicamos um pouco de ser. Ganhamos um pouco de ser mais do outro. Modificamo-nos sem saber, por querer. Porque relação é crescer. Juntos! Mas tudo muda. Continuamente muda.
 O amor muda. Evolui ou retrocede...









...E agora permitam-me uma NOTA pessoal. Dedicada aquele com quem compartilho meu coração apesar dos ventos e das tempestades, das lágrimas e dores partilhadas...Estas são as palavas que ficaram por dizer no meio de tantas...

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Feliz Primavera a todos!!!


Vai cheirar tuas flores...
 Voar pelo céus...O vento frio que te conjuga no infinito, abre espaço prá ti, passarinho. Para teu canto. Inclusive prá ela....
                                                                                                                                                                                                                                                             
Que se vê até da janela. A quimera. O inenarrável...
                        ... a PRIMAVERA!!                          



*Hoje é dia mundial 'SEM CARRO', pessoal!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Dois Tempos...

 

 Cada pessoa é um conjunto.
 Mil sensações em um só instante
, e nesse
 conjunto de experiências somos a resposta para o mundo. Um mundo que ao redor inexiste enquanto nos captura.  Às vezes nem é tão complicado assim. Mas, somos humanos e nem sempre temos respostas para nós mesmos.
 A
cabamos por dificultar um pouco as coisas. Talvez por medo de conseguir a tal resposta e pensar: “É só isso?" No final das contas, deve ser só isso mesmo.
 Porque mesmo essa terra com olhos cor de paraíso, que nos provocam o frio e o calor  de uma só vez, onde o tempo ainda parece permanecer o mesmo, intácto. Por mais incrível que pareça, em algum momento passará a ser  “só isso”: Passado.
 S
omos um conjunto de lembranças. Somos pequenos...
...uma gota d’água, um grão de areia.




            Vamos refletir sobre o futuro queremos! 



terça-feira, 20 de setembro de 2011

Blá blá blá, não são verdades!!

 Há mais perigos dentro, do que fora das pessoas. E acredito que seja esse o mistério de cada um.
 Sabe quando a gente acorda e BUM!! O dia fica cheio de 'momentos'? Dessas situações que nos fazem perder o roteiro e nos enchem de estranhações e estranha ações??
 Dias que é preciso pintar a cara de não-me-provoque. Não medir as consequências de sair dizendo  verdades prá lobinhos em pele de cordeiro. Dias que tá liberado abrir mão da paciência prá usar de ironias!!
 Explicar pode parecer cansativo as vezes. Mas não nesse caso...
 Não! Eu não sou assim, e não sou a-toda-boa. Longe de mim querer ser assim todos os dias. Arghhh!! Até arrepia.  Resultado disso é sair tropeçando nesses cantos de mim, ou nessa multidão vazia de 'Gente' que perambula com seus personagens por aí. Eu não faço tipo artista, nem platéia, por isso não me escondo prá gritar: Falsos!! Hipócritas!! Covardes!! Prefiro ficar afônica a me negar ao que, mais do que incomoda, machuca!
Queria sentir sempre o aconchego das 'pessoas'. Mas a realidade é outra, e percebo que cada vez mais aconchego é coisa de GENTE. Gente que se veste de humanismo, de respeito. Gente que não se mede por palavras, status, nem beleza.
 Por isso, não me desatino, nem me impressiono com qualquer palavra. E dependendo da pessoa, há palavras que se resumem a insignificância, quando olhamos o que tem por dentro da retina. Cenários criados pela covardia dos que acham que o superficial, o falso, não serão nunca percebidos. Não! Os falsos, superficiais, apenas não tocam o coração.
 Talvez os hipócritas planejem tudo isso. Serem assim, distantes...Falar bonito, e serem parte de nada. Serem dessas palavras que se desfazem pelo ar, encenações que acabam em pó, meias verdades e sorrisos de dentes. Abraços de sentimentos distorcidos.Que nunca, nunca vou conseguir entender!
 Porque não ser logo então daqueles que não se importam, e que assumem que nem notam? Seria tão mais fácil. Eu pelo menos me adapto melhor a sinceridade.
 Mas não vou ficar aqui canalizando a minha fúria. Quero mais é alargar minha visão, e me desviar com sabedoria dessas 'pessoas'. Costurar os rasgos que ficam, 'feitos' dessas linguas mais pontiagudas que tesoura, que cortam no pessoal, no profissional, por pura inveja ou prazer de depois rir pelas costas.
 Vou mais é bordar flores de esperanças na barra do meus vestido, e calçar  de novo os sapatos da tolerânica. E esperar, por mais denso e complexo que seja, por pessoas reais. De alma mais leves, de palavras menos temporárias e verdades mais constantes.
 Por todos os cantos da GENTE.
 Por todas as almas de GENTE.
 Sou humana. Profunda. E arredia!!!


"Para aqueles que tem de conviver com palavras doces, e rasteiras ligeiras." (Fica a dica)!

domingo, 18 de setembro de 2011

Pai.

 Eu e meu pai tinhamos uma linguagem diferente. Uma paixão que compartilhávamos intensamente. A  entrega!
 Deixo agora à mão a poesia, e sigo no embalo da sua voz que ainda teimo ouvir. Trancadas à sete chaves, essas palavras que borbardeiam meu peito. E nessa ausência cortante de mudez e solidão, com letras e melodias agradeço todos os dias à Deus, por tê-lo conhecido, ser parte dele e o enchergar ainda vivo em mim, e não me negar e mostrar essa emoção que aprendi nos poucos 29 anos sendo sua filha.
 Sinto tanta falta das horas que passavámos juntos!
 O amor é tão frágil! E foi meu pai quem me ensinou que às vezes nos descuidamos dele. Mas que também devemos ir nos retratando com a vida, para que essa coisinha tão frágil sobreviva à todos os infortúnios.
 São longas as noites sem dormir, solitária, nessa travessia deserta. Passo por esses momentos...
 Errádica. Aceitar ainda não é uma tarefa fácil, chego a tremer. Mas ao menos tenho coragem de sentir.
 E aos poucos vou descobrindo forças desconhecidas, e sinto como se aquele abraço ainda me envolvesse.
 Como meu pai, acredito que o amor verdadeiro mesmo quando frágil, nunca morre! Que não possuímos poderes, ainda mais os de não perder...E tenho guardado esses e muitos outros conselhos.
 Trago comigo saudades cruéis. Paixões divinas. Lembro tristes finais. Mas só guardo em mim uma vida inteira de exemplos, entrega e amor.
 Um ano... Um ano que esse adeus não significou nada!! Pois ainda me basta fechar os olhos, e descansar naquele sorriso sereno. Respirar, e seguir em frente. Reconstruindo corações. Principalmente o meu.
E sabendo que só existiu essa  despedida, porquê tive um dos encontros mais lindos de minha vida!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Primavera e Sonhos.


 Ainda faz tempo de inverno por aqui.
 Tenho sonhado com a primavera. Estação aonde os frios oceanos vão aos poucos se aquecendo, mantendo a temperatura amena. Quem sabe assim colorir de sonhos, e aquecer-me de tua falta no coração.
 Porque insistes em se afastar de mim? Não vê que tudo apenas se torna espaço entre o frio sem você e o calor do meu abraço?
 Sento-me ao sol prá fugir do vento. Quebrando ventos e as regras da razão com um termômetro chamado tempo. Que não mede números, mas é medidor de sensações. Pensamentos.  Agonia. E essa vontade que ainda vagueia pelo céu de minha boca.
 Por instantes retorno à insatisfação da realidade. Rastejo diante da ilusão. Mas sou prisioneira desse bem-querer. Tomo nota da minha saudade. Faço versos de amor. Deixo minha imaginação correr solta. Caminho em sua direção. Não quero correr. Quero andar ao seu lado, numa tarde primaveril. Pés descalços e flor pendurada no cabelo. De mãos dadas. Cantarolando canções informantes do amor.
 E fazer dessa guerra entre o querer e poder, uma guerra de tiros de algodão doce. Prá derreter no tempo certo, o gosto bom, de um beijo demorado. E seguir com apenas algumas certezas no bolso: Jogar fora o medo. Quebrar os relógios. Garantir apenas o riso. Grudar na tua púpila. E delicadamente e infinitamente tocar seu coração...

E esse inverno não passa!! Afff!!

BOM FIM DE SEMANA A TODOS!!