sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

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A gente acha que, por já ter jogado uma ou duas vezes com a vida, pega experiência. PAPO.

Mais uma virada de cartas. Nova rodada. Uma partida e nem todas as peças do tabuleiro no mesmo lugar. Não posso dizer que não gosto. Mas, também  não direi que tem sido simples. E o que é simples, aos trinta-e-poucos anos?
Então eu volto ao estado inicial, aquele de anos atrás, me sinto uma criança, aprendiz, boba, assustada e frágil.
É o mundo ensinando a gente que ainda não aprendemos e nem vivemos de tudo. A diferença é que somos maiores que outrora, e em nossas cabeças há ainda mais espaço para mais e mais questionamentos sobre o que você quer da vida e o que a v ida quer de você. Quanto mais claro fica para mim a noção do que é certo, mais meus pés apontam para o obscuro caminho do absolutamente desconhecido.
A preguiça física nos impede de mudar. Acumulam-se teias de aranha naqueles cantos da  alma que a gente tem  medo de mexer. Sempre tive medo de mudar a ponto de não me reconhecer em escritos antigos, espelhos empoeirados.
Mas basta uma faísca entre dois neurônios para que nossa mente nos aponte para outra direção. Das duas uma: ou tu segues as novas coordenadas, que te podem  levar por terrenos inóspitos e até mesmo campos minados, ou optas por lutar e permanecer no curso antigo, ignorando a intermitente buzina que te avisa: “Não sou tão forte assim”.


“Coração vazio não bombeia sangue”.
É instintivo dividir sensações, compartilhar momentos, comungar histórias com outras pessoas. O único período em que sentimos dor é o momento em que estamos no vácuo de uma transição da nossa  histórias. A chegada da última página do capítulo parece pesar uma tonelada, às vezes, ela precisa ser virada a qualquer custo, ou precisa só continuar sendo reescrita, e um outro par de mãos sempre pode ajudar nessa tarefa. Com mãos unidas em ação, ombro dispostos e a fé do amor, a dor se dissipa.
Uma roleta – russa, onde um, continua respirando. O outro, rezar, rezar e rezar...