terça-feira, 24 de setembro de 2013

Eu, meus medos, meus vícios, meus códigos e mais uma reticência...

Eu acredito no impossível e nessas coisas que você chama de milagre. Mas é em uma simples tarde de segunda-feira que você faz um balanço de sua vida e pesa o que tem sentido e faz sentido prá você.
Eu sobrevivi a vários milagres: suportar uma ausência é um milagre, secar mil lágrimas é um milagre, viver na doçura de uma poesia é um milagre, preferir ser poeta e não a perfeição de um corpo é um milagre, amar é um milagre. É? será? Não, o amor… não! Amor é acontecimento: é o que sobra depois de todo esquecimento da dor. Amor é o que cabe no que eu vejo em você. É o quanto você sabe que eu acredito em você. É quando acordo todas as manhãs e queria que você estivesse ali (do lado) e sorrisse, como se quisesse me encontrar todas as noites e à tardinha também. Dizer que te amo enquanto canto no seu ouvindinho, jurar que te quero ao ler Baudelaire. É quando você sorri prá mim e diz "shhhh" não só para afastar o desespero. É quando eu não preciso fingir sorrisos prá dizer que você me alegra. É não sumir por temer o que te espera e assumir que o que já fomos, somos, e o que ainda poderíamos ser. E na mesmice dos dias, nossos desencontros, eu me encontrar completamente envolvida ao que você sente… Não ser em vão… Querer ir prá qualquer lugar com você, menos ficar onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos.