sábado, 19 de novembro de 2011

Estarei sempre aqui.


 Engraçado, você não disse adeus, nem nada assim. Você só vai ali. Ali, bem longe...
 E por que parece que o espaço vazio que vai ficar no lugar do seu sorriso, é tão cruel?
 E por que quanto mais você fica distante, mais te sinto aqui??
 Mesmo que seja só tua falta, eu te sinto tanto...

 Sempre fui tão certa de mim. E agora tô nesse estado de não-saber.
 Quando a gente é capaz de ver o reflexo do espelho de nossa própria alma e, descobre que ela não está mais encoberta pela poeira dos certezudos, isso é sabedoria??
 Ou é somente a pureza ou inocência do coração??
 Olho prá lua como um poeta. Ela se esconde atrás de uma nuvem negra. Olho o céu como um louco, só vejo a vastidão dos mistérios...
 Dois caminhos, e um questionamento. Um caminho errado que te afasta cada vez mais. O outro, é não questionar. Esquecer o ponto de interrogação e deixar ser como é.

 Se não existe futuro, prá que carregar o sentimento que o passado proporcionou?
 Trata-se de um fardo que acabará com o prazer da jornada?? Ou o fato que tornará a jornada de prazer??
 De nenhum lugar, para lugar nenhum. Entre esses dois pontos, estou, aqui e agora.
 Tudo de dentro prá fora. E se tudo que tenho está lá fora, isso forma um contraste??
 Sinto minha mente enlouquecida e falante e, de nada ela sabe. Meu coração que sente saber tudo, não sabe falar.
 Cada parte em mim, se separada, é como o nada. Unindo coração e mente, é deixar de ser parte e tornar-me um todo.
 Talvez seja o mais belo dos momentos esse, quando misturados de razão e emoção, deixa de existir também as certezas e a confusão.

 É, o amor sabe como explorar o desconhecido. Troca quantidade por qualidade. Permanente por momentâneo, sem deixar de ser eterno.
 O amor nos faz corajosos prá enfrentar a realidade e descobrir que o amor não é um relacionamento. O amor é relacionar-se.
 Como um rio, fluente, sem fim. O amor não sabe o que é ponto final. É um verbo, e não um substantivo.

 Capaz de ir de um extremo a outro - às vezes profundamente enraizado na terra e às vezes voando alto no céu. Às vezes fazendo amor.
 Mas, se aos poucos, o seu céu e a sua terra ficarem cada vez mais próximos da linha imaginária do amor, lembre-se: eu posso ser o horizonte prá eles se encontrarem.
 Como a vida que não pode ser possuída, nem segurada. Mas, para alcançá-la basta estender as mãos. Estarei sempre aqui.