sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Durma bem...


Durma bem amor.
Aqui o vento forte e frio deixa uma sensação de fuga. Olho para tua escrita pregada nas linhas imaginárias daquela conversa e releio palavra por palavra. O espaço entre as frases esboçam lembranças suas, minhas!
Invento uma alergia qualquer e me deito sobre o travesseiro gelado. Faço de conta, que amanhã poderei abrir a janela e respirar as mesmas alegrias de um ontem não acabado.
Sei que estás aí a pensar. Tú passeias em um caminho longo. Mas aqui em minha memória estás perto de alcançar meus sonhos.
Hoje não vi as estrelas antes de estar aqui tentando encontrar-me com o sono. Será que o céu de Rivera as roubou todas, só prá você? Alguma delas falou sobre nós? O vento continua forte, ar seco, nessa primavera que só se faz até às 17:00 horas, como quando aquele termômetro descaradamente mostrava 24 graus, e fazia frio. Parece que a vida vai despedaçando cada nuvem que derreteu no céu em noites que, mesmo com o frio, fez quentinho aqui no coração, e grudava teu corpo suado sobre mim.
E hoje amor? Hoje eu só quero que durmas bem.
Deita teu rosto sobre o beijo da pequena lua e entrega tua espera.
Quando sentir o silêncio agradando tua alma. Fique quietinho. Um destino só é inteiro quando é apreciado com devoção. Toca de novo prá tua saudade em pensamento a nossa música, e dedica teus versos a este amor insano. Porque por aqui, vai demorar amor. Aqui a noite e a saudade não passam...
Essa ausência vai acordar junto comigo e deitará ao meu lado todas as noites deste fim de semana. Tua imagem voltando prá mim será meu esconderijo de fé. Acredito. Ainda andaremos juntos.
E se o cenário hoje é de uma noite escura e fria. Dentro, o peito está carregado e em chamas. Tá tudo guardado comigo. Agora durma bem meu amor.
Hoje a lua é minguante. Mas logo, em outra noite estaremos crescendo com ela.