quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Nada sendo dito...


Não há roteiro novo.
Há coisas que mais vale deixar como está.
Tenho estado catatônica, observando o passar das horas.
Aceitando o exercício de não pensar em mais nada. Respiro leve, com as mãos cheias de papéis e nada, nada a declarar!
Verdadeira página em branco. Oscilando nesse jogo intenso entre amor, dor e rimas escritas...
Deixando de existir nesse mundo, para persistir nessa nossa história de sonhos.
Agora tudo em pausa na minha mente. Não há reação!
Diante da possibilidade de se tornar real, minha fonte de inspiração calam palavras e faz gritar alto o silêncio por todos esses dias. Me movendo apenas com a facilidade dos sonhos e percorrendo as esquinas do medo.
Com medo de me calar  e as palavras acabarem morrendo em meus lábios, esfarinhando-se em sopros, decidi que tinha que escrever. Mas não quero ser autora de um roteiro bobo.
As palavras que outrora sempre me definiram, não me completam agora.
E eu, só consigo pensar em sentir... Tão apressada em sentir, não tenho conseguido transpor em página  alguma, e pela primeira vez há dias tento descrever como  me sinto.
Eis que encontro o pior e o melhor de mim, em compasso de espera.
Nesse ritmo tenho adorado com suavidade  até o cotidiano que se expressa de forma tão mais bela.
Por apenas você!
Por apenas você, que anseio derramando-se em mim, neste momento em que mente e coração  nas mãos silenciam. E nada sendo dito, tudo foi...dito!!