terça-feira, 27 de setembro de 2011

Querido diário...



 Hoje  fui no mercado de sonhos. Precisava de mais reservas de emoções prá encarar as aventuras desse meu pequeno mundo de planos. Passeei pelos corredores que ninguém vê. Mas sentem! Eu sei que sentem!
 Comprei mais neurônios visuais, palavras táteis. É que eu tenho andado à flor da pele, pelas nuvens contando as frações de segundos que me fazem passar horas distraída e apaixonada.
  Andei tão dolorida, que aproveitei prá comprar um pouco de esperança e tempo. É que meu aconchego se deita melhor com a sincronicidade. Não nego!

Ah, querido diário. São tantos segredos na estante da minha vida. Uma pandora e sua caixa...

 Outro dia não segui meu coração, retalhando o que sou. A falta de sonhos me deu fraqueza, passei mal! Vivendo e aprendendo no limite das palavras, querendo bem-me-quer. Chorei. De tanto chorar parei prá ver, ouvir. Senti borboletas no estômago. De mim para eu mesma, amoleci todos os meus planos por um beijo. Ainda sofri da sindrome da tagarelice aguda. Quase desisti. Affe que bagunça interna!! Decidi pela oferta de afetos, de amor. Ainda que com prazo de validade.
 Ausência ou excesso de sentimento???

 É isso diário. No silêncio dessas entrelinhas, me descubro cada vez mais. Lua e suas fases.
 Sopro brisa, faço tempestades. Que mingua, se enche, renova e cresce.
 E nessa loucura, gosto da rotina a dois. Da solidão a dois. Sou três, me sentindo quatro.
 Vou me abrindo aqui e encontrando lápis de cor de olhos prá olhar dentro e colorir. E alguma coisa a mais prá te ler...

 Comi jujuba prá ficar doce, enjoativa talvez. Melhor que o azedume que contaminou minha alma metamórfica, enquanto buscava preencher o vazio da inexistência.
 Estou amante de universos paralelos. Doces deletérios, tão longe, tão longe que alcanço o fim do mundo, nesses meros devaneios e impulsos de mim.

 Sedenta de tanto lhe falar, querido diário. Bebo da luz do sol nesse fim de tarde e me despeço.
 Logo me faço lua no céu. Se me acompanhar vai me ver andando, divagando caprichos, transbordando todos os sentidos. Cantando canções por aí. Agora vou subir e ficar no telhado. Que de lá é de graça, meus sonhos entrelaçados.

"Cansei de inventar moda."
 PS:  I LS2VE YOU, na dose certa!