terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ainda bem...

 Atravessamos todos os meses atrás. Setembro que já teve gosto de fim prá mim. Hoje me faz ir dormir feliz, esperançosa, como as flores que esperaram a primavera prá desabrocharem...

"Apenas venha comigo, que no caminho te explico!"
    (pesamentoquenaosaidaminhacabeça)
 Não lembro ao certo em que dia o conheci (mentira, sei que foi em um sábado de fevereiro) meio ao acaso, mas lembro bem  do horário : 6 da tarde. E uma nova contagem de tempo passou a reger a minha vida e os períodos determinados desse novo eu foram chegando. O primeiro ciclo de 24 horas com ele já promoveu mudanças em mim, mudanças essas que negarei até a morte ou até a primeira vez que beijá-lo, o que vier primeiro. Com uma semana de convivência eu era capaz de catalogar 26 caretas nossas, 8 tipos diferentes de risadas minhas e 5 entonações da sua voz que simplesmente MUDA. Ao final do primeiro mês já tinha decorado as músicas que ele mais gostava e todas compartilhamos, o tom da sua pele jambo e da farda cor de musgo. Minhas faces rubras febris disparava uma respiração de só notar decote e reparar no comprimento dos vestidos (em especial do azul com flores bem pequenas, seu preferido). Hoje, quase oito meses depois daquele sábado de fevereiro, o tenho tatuado na retina, no espírito e nas palavras que ainda não tive coragem de dizer. Em todos esses meses me viu brigar, brincar. O vi bater o pé defendendo com afinco suas opiniões, usar sua inteligência como arma mortal e também o vi chorar de raiva, de alegria e de amor, por mim algumas vezes, claramente. Assim como odeio quem o faz sofrer, acabo tendo apreço por quem o inspira, porque quando ele não brilha, eu nublo. E sigo sendo ele antes de ser qualquer coisa parecida comigo. E esse moço me leva pela mão ao inferno e me faz tocar o céu no momento seguinte sem desconfiar que está completamente inserido no meu cotidiano. E ele me dói, sobretudo às 6 da tarde. Sofro tua falta toda noite. E de tanta vontade, assim te perdôo por fazeres eu ainda pensar em nós. Sobra tua ausência.

 Mas enfim, te proponho mudar o foco. Desviar a trajetória. Te dou a última chance prá me evitar. Aproveita e foge! Depois será tarde demais, e não vou acreditar que não sabia do sério risco que corre de ficar preso no meu olhar !!

      W B T U / Video by: R.E.M. Thanks!