terça-feira, 6 de setembro de 2011

Amor expresso.

 Esse é um texto onde vou falar do que estou sentindo.
 Não sou escritora e nem sei por que razões me meti a escrever. Mas no momento é uma opção confortável e paciente prá expressar sobre sentimentos.
 Você perdeu um amor?? Como anda sua saudade? A minha saudade anda danada. Ela grita pro meu coração, que já desritmado bate até sem vontade.
 Minha saudade grita!! Grita de berros que é culpa da falta. Que é esse sentimento vazio.
Vazio daquele abraço...
 O que eu faço com minha saudade? Eu a sinto, a amo e choro muito.
  Na verdade, não choro de saudade assim desde que alguém se foi. E agora estou chorando por causa desse, e ainda pela falta daquele outro...
 Sempre me vi como um peixe fora d'agua. Sou diferente demais, e até acho que não nasci prá esse mundo. As pessoas me estranham, acham estranho o jeito como eu vejo o amor.
 Há pessoas que bem gostam de receber amor, mas são raras as que são altamente singelas e cativantes e sabem como se doar. Eu sempre sei quando amo, o amor vem e muda tudo. O amor tem outra conotação, que se dá prá mim num outro plano. É que nunca soube lidar com o amor pela metade, ou camuflado, e como amor não se exige de ninguém...Daí à rejeição pode ser um pulo.
 Eu vivi na pele muito cedo o sabor do desamor. E muito cedo o significado contrário do amor. Há quem chame de ódio. Eu apenas tento esquecer. Nem sempre consigo. E lembro de como seria a vida que eu teria tido, se aquela infância não tivesse sido interrompida.
 Tudo bem! Com isso eu descobri que o ódio é só o amor adoecido, e sempre escolho me curar...
 Eu nunca tive mesmo os mesmos interesses das outras crianças, nunca gostei de roteiros e adoro um conto de fadas. Nunca tives paciência prá esperar descobrir o que outro sente.
 Não mudou muito de lá prá cá. Eu apenas sinto, cedo ou tarde vivo o que sinto, sem medo!! Quase sempre eu quero uma coisa e todo "o" mundo quer outra.
 Não sei lidar com questões sociais. Não respondo direito! Ou falo alto demais...
 E nessa falta de um e no sentimento exagerado pelo outro, eu conheci a pessoa que faz meu coração o mais feliz do mundo, e de um jeito especial que só ele tem.
 E agora ele vai embora prá não voltar! Eu não consigo simplesmente ignorar. Eu o amo e sinto tanto pelo que não vamos viver. Sempre existiu uma distância geográfica que parecia tão grande. Agora vejo que na verdade o tempo todo esteve aqui do lado. Sinto uma tristeza por dentro, não chega a ser de arrependimento do que não fiz, mas confesso que essas lágrimas não caíram sem nenhuma razão.  Parece insano, disse que sempre estivemos distantes. Só que agora vamos estar separados pela imensidão do oceano e seu silêncio.
 Começo a ter prova do que é a verdadeira ausência. É tão bonito quando ele sorri, quero tanto abraçá-lo, mas talvez eu só escreva sobre isso. Uma coisa é certa, ele nunca vai deixar de existir dentro de mim!!!
 Eu paro prá refletir, e ainda assim me sinto perdida nessa loucura, e sem querer aceitar, meu coraçao espremido grita: " - Não quero esse mundo real". "Me dá o mundo que construímos?? "Óh céus!! Eu quero aquele quebra-cabeças que montamos, e não há mais ninguém...É uma pena nos separarmos!! Isso não faz o menor sentido, funcionamos tão bem juntos!! E quando eu precisar de você? Quando eu precisar saber como você está? E se você também precisar de mim?? E se você precisar de colo?? Quem vai me fazer chorar, e ter crises de risos, enquanto quase me mata de prazer? E se precisar da sua doçura prá ouvir meus segredos??"
 Parece tão inútil voltar prá esse mundo onde me sinto esquisita, e que não existo fora de mim. É como regredir no tempo...
 Claro que mesmo sentindo a dor dessa saudade haverá muitos sorrisos em mim! Não foi difícil aprender o jogo das expressões, representá-las é até bem mais fácil do que ser eu mesma.
 Mas paralelo faltará o seu amor. Aquele nosso amor, que as pessoas por pura inveja julgariam extravagante ou indecente, e eu chamo de intenso!! Até sou discreta em certos aspectos da minha vida, mas não na hora de amar, e nem tenho medo de falar... Falta ele. Falta cuidado. Falta. Falta. Falta....
Prá mim nem precisaria ser explicado, me contentaria  só em vivê-lo. O amor que foi capaz de perceber, que não foi inventado, e por isso assusta.
 Quando eu falo da minha saudade, e só ouço que tenho que ser positiva. Penso: Como ser positiva??  Parece tão fácil promover o desapego quando se está de fora. Mas a verdade é que é muito mais difícil se desapegar de um amor quando se está transbordando dele. Quando tudo que se quer é pertencer mais e mais...
 É tão difícil viver a vida dos sonhos?? Talvez eu nem viva uma vida de fato. Alguém sabe do que estou falando?? Eu não quero virar um móvel na casa...
 Eu nao sei quando, como e porquê o amor morre. Mas eu sei que é terrivel sem ele!!
 São 4 da manhã, eu ainda estou escrevendo, na tentativa de tirar isso de dentro de mim. Quem sabe transformar esse amor numa história bonita, feliz e sem final de preferência...
 Então, tenho que ser gentil comigo, pois ainda estou aprendendo a deixá-lo ir, e me acostumar ao frio desse vazio, que nem me parece sensato. Mas sim um grande erro!
 Se bem que, no fundo não existe vazio algum. É só uma palavra na tentativa de definir a falta que me fará.  Porque não importa quem vai ou quem fica, isso não faz a menor diferença prá quem está condicionado a amar. Você continua pertecendo ao seu amor e esse amor pertencendo a você.
 Assim, como prá mim, não há nada que se fará mais presente do que sua ausência.