quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pequena autobiografia.

 Sou uma pessoa que causa estranheza. De necessidades esquisitas. Sou feita de expressões!!
 E eu detesto pessoas. Gosto mesmo é de gente de verdade, sem frescura, sem máscaras. Dessas sim, não sei viver sem. É por isso que gosto de criança. Não há nada no mundo mais verdadeiro, sem limites e revelador. Eu causo estranheza, mas não me acho diferente, a não ser pela coragem de me admitir. Não me pergunte, se não quiser ouvir a verdade.
 Minhas estranhices são tão simples. Gosto e preciso de solidão, de silêncio. Aprendi com o tempo a gostar de ficar comigo mesma, de me bastar...Gosto de ver tevê a dois, mas confesso que sozinha acho bem melhor. Gosto de usar o computador sem sentir "olhos curiosos" pelas costas. Gosto de dança, de poesia, de praia . Eu não sei nadar!
 Gosto de ouvir música alta no escuro. Gosto de deitar de conchinha. Mas prá dormir mesmo, se não respirar em cima de mim, agradeço! Sou espaçosa, mas na minha cama sempre sobra espaço quando instintivamente minhas pernas se enroscam.
 Me arrumo na minha bagunça. Me perco e me acho nos devaneios de minhas paixões. Gosto de olhar pro nada e achar um ponto fixo prá refletir. Gosto até quando não consigo dormir de tanto pensar. Funciono melhor a noite, seus mistérios, possibilidades e a falsa calmaria me estigam. Vibro meu próprio timo. Rir de mim e chorar comigo mesma só prá me esvaziar. Sou  egoísta. Grito quando quero que saiam todos os fantasmas de dentro de mim. Isso nem sempre dá certo, mas eu grito assim mesmo! De novo preciso de solidão, prá ler e escrever. Mas tudo bem se tiver um pezinho brincando com o meu enquanto leio em silêncio. E não sou triste, às vezes fico! E solidão não é a falta de gente do lado (diz, o grande Chico Buarque). É quando nos perdemos em nós mesmos e procuramos por nossa alma. Minhas amizades são profundas, respeito opiniões, aceito as diferenças, e gosto de ter raízes.
 Sou humana. Choro por nada, e por qualquer coisa. Não fujo de uma boa briga, mas sou aberta ao diálogo. Destilo quando preciso doces e amargos venenos. Às vezes me frustro com solidão forçada. E me encanto com olhares que dizem tudo. Faço jus ao meu nome. Me aceito como sou. Feita de santos pecados. Falante pelos cotovelos e sorriso fácil. A primeira impressão prá mim nunca conta. Sou forte, sou boba, menina, às vezes ácida. Minha respiração e o meu olhar me denunciam. Tenho a mania de morder os lábios e erguer uma das sombrancelhas. Me sinto como uma reta, mas minha história é cheia de curvas. E a minha estrada tem buracos enormes. Sempre quero o amor que dou de volta e não tenho vergonha de pedir. Sou carente! Amo poucos. Mas esses poucos, podem apostar, amo muito. Sou feita de metades inteiras, uma delas é tudo que sinto. Eu não sou legal, não mesmo. Mas eu sei me entregar! Me esforço muito prá ser tudo isso de um jeito certo e sem machucar. Mesmo que o mundo todo me julgue errada e no fundo eu nao passe de "uma pessoa".

Musiquinha combinandinho com meu momento!!

Adoro músicas que falam por mim!!